O tempo do mundo é contado através dos movimentos de rotação
e translação. Giros que nos presenteiam com os dias e as noites, os anos, os
milênios, o passado, o presente e o futuro.
Já o tempo do ser humano é contado através dos ponteiros do
relógio. E não apenas contado, mas controlado a mãos de ferro. Uma maquininha
simpática que deveria ser nossa aliada se
torna cada vez mais uma vilã que aprisiona e impede de viver.
O tic tac da rotina frenética em que vivemos não deixa
espaço na agenda para o compromisso de aproveitar a vida. Os amigos, a família,
as viagens, as coisas que gostamos de fazer, um livro que gostaríamos de ler,
palavras que deveriam ser ditas, tudo fica pra depois. Um depois que nunca
chega.
Então, insatisfeitos, nos perguntamos onde está a
felicidade. Respondo, a felicidade está naquele tempo que ficou pra trás, no
depois que não chegou, em tudo aquilo que deveria ser prioridade, mas não é.
E apesar das nossas insatisfações, o tempo passa, o relógio
não para, e o que ficou pra trás não volta. Após um dia somos presenteados com
outro dia, um ano termina e somos presenteados com outro, mesmo que não
saibamos enxergá-los como os belos presentes que eles são.
Que em 2012 possamos fazer as pazes com o relógio, e
transformá-lo de vilão a companheiro. Que as 24 horas de cada dia sejam suficientes
para que nossas obrigações sejam cumpridas e que ainda assim possamos sorrir, dançar,
pular e sonhar.
Falando em sonhar, que em 2012 possamos ter muito tempo para
realizar sonhos, e tempo para pensar em novos sonhos. Tempo para parar, prestar
atenção a nossa volta e enxergar a vida no que ela tem de mais bela, porque,
como eu já disse, a realidade pode ser fascinante
se educarmos os nossos olhos para enxergá-la assim.
Em fim, o tempo muitas vezes pode não ser muito
amigável conosco, mas com um pouquinho de jogo de cintura e paciência ele se
torna um grande amigo. Basta querer!
E feliz ano novo!
Lívia C.B.
Nenhum comentário:
Postar um comentário