sábado, 27 de novembro de 2010

Entre Vencer e Perder



Cada palavra soa diferente, algumas são gostosas de dizer, chantilli, pirulito, chiclete, outras são engraçadas, bum bum , pum, gargalhada, outras ainda, levam um peso diferente, lágrima, morte. Mas o sentimento de uma palavra em especial, faz todos nós suspirarmos ao pronunciá-la: Vitória.

Quando dizemos vitória, uma série de imagens vem á nossa mente. Troféus, medalhas, chuvas de papel picado, banhos de champanhe, banhos de lama, ovo, tinta, farinha, muitos sorrisos, muita alegria.

Será que essa primeira impressão é correta? Se fosse assim, o pequenino primeiro passo de um bebê não seria uma vitória, quando na verdade é uma das maiores vitórias da vida de um ser humano. Uma nota máxima também não é comemorada com brindes de champanhe, mas não deixa de ser uma enorme realização.

Em outra perpectiva, podemos analisar o resultado de uma guerra. Todos nós sabemos que os Aliados venceram o Eixo na Segunda Guerra, mas será essa uma verdadeira vitória? Quantas vidas foram perdidas dos dois lados? Quantas famílias foram destruídas, quantos pais choraram a morte dos filhos?

Apesar de aprendermos o nome dos vencedores e perdedores, em uma guerra não existe a palavra vitória.

E se uma vitória pode ser considerada uma derrota, porque não o contrário? O nosso primeiro passo nunca aconteceria se não tivéssemos caído várias e várias vezes.

Cada queda é uma vitória, pois ela nos ensina a levantar ainda mais forte. Cada erro é uma vitória, pois ele nos ensina a acertar da próxima vez.

A maior vitória é aquela que nos engrandece, nesse sentido, uma derrota nos torna mais vencedores que uma vitória.

Se me perguntarem qual foi a minha maior vitória, direi que ainda não consegui chegar a ela. Se me perguntarem porque, direi que só me considerarei uma vencedora, quando conseguir me alegrar com uma derrota da mesma forma que me alegro com uma vitória. Até lá, muitas quedas me ensinarão.

Para Blorkutando.