Mostrando postagens com marcador escolha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escolha. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de abril de 2012

Uma vez ou outra



Algumas pessoas estarão em nossas vidas por muito tempo, e farão muita diferença. Outras, por mais que convivam conosco diariamente, sempre serão coadjuvantes na nossa história. Há ainda aqueles que passam de relance e não deixam uma lembrança se quer.

Uma vez ou outra, apenas, alguém pode entrar nas nossas vidas e mudar totalmente o nosso jeito de pensar. Pode até mesmo mudar o jeito como avaliamos a nosso passado, presente e futuro.

Talvez esse alguém nem perceba o quanto foi importante pra nós. Talvez nem perceba que deixou marcas tão profundas quanto um oceano.

E quando as marcas são tão profundas, aquele silêncio é um sufoco. O silêncio em que, ao mesmo tempo, se diz tudo o que não tem importância e se esconde tudo o que realmente deveria ser dito.

É uma tortura se calar quando alguém trás de volta o sorriso que pensávamos ter perdido. É angustiante não poder agradecer quando alguém nos mostra que podemos recomeçar e que podemos ser felizes apesar das decepções.

Alguém tão especial não deveria ficar sem saber o quanto fez a diferença.  Não é correto e não é justo deixar que marcas profundas fiquem escondidas pelo silêncio. Por aquele silêncio.

Se uma vez alguém te fizer voltar a acreditar no amor, não deixe de dizer o que deve ser dito por medo, ou por timidez. Não espere outra chance, outra vez.

Porque era uma vez. E a outra vez é aqui, é agora.

Lívia C.B. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E se...



De modo geral não é novidade quando digo que a vida é maravilhosa. Realmente enxergo o fato de existir como um verdadeiro milagre, um milagre que me surpreende sempre.

Mas algumas coisas na vida me fascinam de forma especial. São detalhes que me inspiram. Admiro, por exemplo, o poder que o ser humano tem de ser bom, e admiro cada um dos sentimentos bonitos que são próprios de nós, os bípedes de cérebro cinzento.

Acho incrível a criatividade humana, as artes, música, teatro, o cinema. E as diferenças também me encantam, as distintas culturas do Ocidente ao Oriente, as diferentes aparências, os diferentes modos de agir e pensar. Tudo isso me faz amar a vida.

E é por amar a vida, que amo mais ainda o poder de escolher os caminhos que devo seguir. É estranho pensar que toda a nossa história estaria escrita em algum lugar ou que fosse programada de alguma forma. Por isso, a maior beleza de viver está na liberdade que temos de fazer da vida o que gostaríamos que ela fosse, ou ao menos algo parecido com o que gostaríamos.

Porém, a liberdade de escolha apenas seria perfeita se não existisse o fantasminha do “E se” para nos assombrar. Porque até mesmo quando tomamos uma decisão acertada, ele sempre está lá para nos confundir e angustiar. E se eu tivesse dito sim, o que aconteceria? E se eu tivesse ido embora? E se eu tivesse desistido? E se eu tivesse continuado?

São as dúvidas que nos acompanharão eternamente. São perguntas que nunca terão respostas. Nenhuma questão que começa com um ”E se” pode ser respondida com certeza. Então aqui vai mais uma das minhas filosofias pessoais, nunca faça a si mesmo perguntas que se comecem com um “E se”, nunca! Leu bem? NUNCA!

E sabe por quê? Porque a vida é tão impressionante que não vale a pena desperdiçar tempo e vitalidade mental em perguntas como essas. Apenas concentre-se em questionamentos que agucem a sua criatividade, aumentem a sua inteligência, e iluminem a sua alma!

Além disso, o fato de viver é tão grandioso que qualquer escolha ruim se torna insignificante. Ainda mais quando percebemos que depois de uma escolha sempre haverá outra, e outra, e no fim poderemos compensar aquilo que não foi tão acertado. Outras chances sempre virão para aqueles que estão atentos a procurá-las.

Em fim, quando for necessário escolher, pense. Pense uma vez, duas vezes, mil vezes. Decida, e continue, sem questionar o que poderia ter acontecido ou não acontecido se a outra alternativa fosse escolhida. Não deixe o “E se” te perseguir. Ele não é saudável para o milagre que é a sua existência.

Lívia C.B.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Tic tac tic tac



O tempo do mundo é contado através dos movimentos de rotação e translação. Giros que nos presenteiam com os dias e as noites, os anos, os milênios, o passado, o presente e o futuro.

Já o tempo do ser humano é contado através dos ponteiros do relógio. E não apenas contado, mas controlado a mãos de ferro. Uma maquininha simpática que deveria ser nossa aliada se torna cada vez mais uma vilã que aprisiona e impede de viver.

O tic tac da rotina frenética em que vivemos não deixa espaço na agenda para o compromisso de aproveitar a vida. Os amigos, a família, as viagens, as coisas que gostamos de fazer, um livro que gostaríamos de ler, palavras que deveriam ser ditas, tudo fica pra depois. Um depois que nunca chega.

Então, insatisfeitos, nos perguntamos onde está a felicidade. Respondo, a felicidade está naquele tempo que ficou pra trás, no depois que não chegou, em tudo aquilo que deveria ser prioridade, mas não é.

E apesar das nossas insatisfações, o tempo passa, o relógio não para, e o que ficou pra trás não volta. Após um dia somos presenteados com outro dia, um ano termina e somos presenteados com outro, mesmo que não saibamos enxergá-los como os belos presentes que eles são.

Que em 2012 possamos fazer as pazes com o relógio, e transformá-lo de vilão a companheiro. Que as 24 horas de cada dia sejam suficientes para que nossas obrigações sejam cumpridas e que ainda assim possamos sorrir, dançar, pular e sonhar.

Falando em sonhar, que em 2012 possamos ter muito tempo para realizar sonhos, e tempo para pensar em novos sonhos. Tempo para parar, prestar atenção a nossa volta e enxergar a vida no que ela tem de mais bela, porque, como eu já disse, a realidade pode ser fascinante se educarmos os nossos olhos para enxergá-la assim.

Em fim, o tempo muitas vezes pode não ser muito amigável conosco, mas com um pouquinho de jogo de cintura e paciência ele se torna um grande amigo. Basta querer!

E feliz ano novo!

Lívia C.B.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser,


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

                                                      Eis a questão.

Longe de mim analisar o que Shakespeare quis dizer com a sua célebre frase. Até Sigmund Freud tentou descobrir e não conseguiu! Quem sou eu não é?

O fato é que Hamlet não sabia que lado seguir. Se ele escolhesse o “ser” uma série de consequências estariam á frente, assim como também haveriam consequências se ele escolhesse o “não ser”.

Longe dos floreios da literatura, a vida real é exatamente assim. Constantemente somos impelidos a tomar decisões que influenciarão diretamente no nosso futuro, e nem sempre estamos preparados para decidir. Aliás, eu diria que quase nunca estamos convictos de uma decisão.

Uma certa pessoa me disse que não existe um destino traçado para cada um, que nós fazemos o nosso destino através das nossas escolhas. E que as escolhas devem ser feitas com todo o cuidado, porque elas representam os parágrafos que formam a história das nossas vidas.

Eu não sei se acredito ou não em destino. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nós temos a maior parcela de responsabilidade sobre o que o futuro nos reserva. Somos uma espécie de autores escrevendo uma história que as vezes foge do nosso controle, mas que depende totalmente de nós para ser bem sucedida.

E assim, continuamos andando rumo a encruzilhadas, ultrapassando os obstáculos no caminho que escolhemos, e continuamos tendo que escolher novos caminhos a percorrer.

Escolher continuar ou mudar, escolher persistir ou esquecer, escolher acreditar ou desconfiar, escolher viver ou assistir a vida acontecer.

A vida é assim, uma sucessão de escolhas.

Que sejamos sempre fortes para afastar as escolhas erradas, que tenhamos bastante discernimento para enxergar o caminho certo e o errado. Que o bom senso nos ajude a tomar as atitudes corretas, e que possamos ser muito felizes, independente dos nossos erros e acertos.

Lívia C.B.