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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Sobre sonhar em tempos difíceis


                                      Quando se perde a fantasia do sonho, o que fazer?

Medicina é um sonho. Pergunte aos estudantes de medicina o porquê de terem escolhido esse curso. A maioria dirá que era um desejo de infância que persistiu durante a adolescência, foi alimentado pelas aulas de Biologia e em fim começou a ser consolidado durante os dias de estudo na faculdade e hospitais, e as longas noites de estudo em casa.

É um sonho que persiste. Persiste à saudade de todos aqueles que estudam longe da família. Persiste ao cansaço, aos esforços nem sempre recompensados, persiste toda vez que se vê o sofrimento nos corredores dos hospitais e persiste ao sentimento de impotência que isso trás. O sonho TEM que persistir, pois sempre é ele que nos da força pra continuar.

E o que é esse sonho? É a vontade de ajudar, de fazer a diferença na vida de alguém, de fazer uma pequena diferença nesse mundo. Isso é o que move a maioria das pessoas que decidem pela medicina. Assim aconteceu comigo também. Meu sonho sempre foi a minha força. Agora porém, me vejo em uma situação em que minha força tem que sustentar meu sonho. E isso me deixa com medo.

Vejo de todos os lados nesse país, ideias, decisões, pensamentos, atos que destroem, rasgam, despedaçam o meu sonho. É o governo que não me dá qualquer perspectiva de que haverá condições para que eu possa realizá-lo (com a qualidade que deve ser realizado), é a população que me julga como o “filhinho de papai” que só quer saber de dinheiro, são os outros profissionais de saúde que me veem como egoísta por simplesmente pensar na segurança e bem estar dos meus futuros pacientes.

E aqui eu fico segurando todos os pedacinhos do meu sonho rasgado, colando um a um, com a mesma paciência com que aprendi as pequenas partes da anatomia humana, com a mesma paciência com que memorizei as fisiopatologias mais difíceis e todas aquelas manobras semiológicas. Seguro meu sonho como quem segura um bichinho ferido, porque sei que com todo meu cuidado ele vai sobreviver.

Ele é forte, eu sou forte. Eu tenho a esperança de existir um dia nesse país a medicina com que eu sempre sonhei, sei que um dia a população terá o sistema de saúde que merece, não só na teoria. Claro, provavelmente não viverei para ver esse dia, por isso perdi a fantasia do meu sonho, mas o sonho NUNCA irá morrer. Mesmo todo machucado, o faço persistir, porque sei que não sou a única a sonhar, e quando muitos sonham, mudanças podem ocorrer.

Enquanto isso, é continuar a lutar com esses pedacinhos de sonho rasgado, ajudando da melhor forma que puder, dando o melhor de mim. É tudo o que posso fazer, porque no final das contas... 

but above all, a FIGHTER. 



Lívia C.B.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Não diga que a vitória esta perdida



Muitas vezes nos defrontaremos com obstáculos que parecerão impossíveis de serem superados, que nos farão sentir fracos e insignificantes diante da vida, que nos darão a falsa impressão de que somos incapazes de realizar um objetivo, um sonho.

Nesses momentos de angústia devemos procurar incansavelmente por aquela força que fica escondida em nós, aquela que muitas vezes nem sabemos existir. Mas ela existe! E cada um tem a sua forma de encontrá-la. Eu, particularmente, acredito no caminho da fé. A fé em Deus, a fé no amor divino, a fé na vida, a fé em si mesmo.

Não é que ela mova montanhas, como diz o ditado, mas da sim, a força que precisamos pra subir a montanha, contorná-la, destruí-la em pedacinhos e o que mais for necessário. A fé é o porto seguro. Ela nos ensina a transformar lágrimas em ensinamentos, medos em coragem, dúvidas em tranquilidade, ansiedade em momentos de paz.

Ela nos ensina que somos mais fortes do que podemos imaginar, que aguentamos muito mais do que pensamos poder suportar. Porque estamos aqui pra viver, e não pra desistir. Embora, desistir seja mais fácil. Claro, ser fraco é mais cômodo que ser forte, mas ser forte sempre será a melhor escolha. A única escolha.

Já dizia Raul Seixas, “Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!”.

Tente outra vez, e mais uma, e mais uma vez, e quantas vezes forem necessárias. Lute até o ultimo segundo. Porque o esforço sempre é recompensado, talvez não no tempo em que esperamos que ele seja recompensado, mas será recompensado, no tempo certo. Tudo tem seu tempo certo.

E se desistirmos de lutar, então, que sentido terá viver? Que sentido terá existir aqui nesse mundo? Porque o sentido de existir na Terra como um ser humano é lutar sempre, é viver intensamente, nunca desistir dos sonhos, ter fé, tentar outra vez, mil vezes, nunca dizer que a vitória esta perdida. Ela nunca estará perdida, e o caminho pra chegar a ela, esta dentro de nós. Basta procurar.

Lívia C.B.

domingo, 12 de junho de 2011

Acho digno.


Este foi mais um 12 de Junho, o dia oficial das flores, chocolates e coisas carinhosas. Ano passado também escrevi sobre O dia dos Pombinhos, leiam! Eu ri muito relembrando.

Nem se eu me esforçar conseguirei escrever algo parecido, até porque hoje sou uma pessoa muito mais reflexiva que engraçada. E o que refletir no dia dos namorados se não sobre os relacionamentos amorosos?

Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. De fato, ele é o mais confuso de todos, somos pré-adolescentes inundados de LH, FHS, testosterona, progesterona e estrógeno. A inexperiência faz com que realidade e fantasia se confundam, e que tudo seja levado na mais alta euforia.

Então o tempo passa, e os amores tornam-se mais "constantes" por assim dizer. Alguns duram uma semana, outros um dia, outros nem isso. Há pessoas que continuam nessa onda por bastante tempo, há pessoas que não se encaixam nessa realidade, que gostam mesmo é de se apaixonar perdidamente.

E para os que se apaixonam de verdade, tudo se complica ainda mais. Porque grandes amores são difíceis na mesma medida que maravilhosos. Trazem muitas alegrias, e trazem também responsabilidades e algumas dorzinhas de cabeça.

Relacionar-se até com a família é difícil, que dirá com alguém que possui outras experiências, outras idéias, outra história de vida, amigos diferentes, gostos diferentes. É necessário ser mestre em jogo de cintura para conseguir levar um namoro com tranqüilidade.

Por isso, aqui vai a minha sincera admiração a vocês pombinhos homenageados neste dia. Que vocês tenham sempre paciência, compreensão, que vocês tenham a criatividade para driblar a rotina e acima de tudo, que vocês tenham muitas alegrias e carinho de sobra!

Acho digno o dia 12 de Junho ainda ser tão importante, quando a idéia do descompromisso é a que impera. Acho digno que o romantismo ainda seja incentivado, mesmo que em um dia só do ano (e mesmo que as lojas lucrem com isso). Acho digno que as pessoas ainda sonhem, se apaixonem e acreditem no amor. Eu acredito!

Feliz Dia dos Namorados!

Até mais, pipocos.

Lívia C.B.