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sábado, 24 de agosto de 2013

Para você adivinhar...


Eu poderia dizer que não vivo sem você. Mas você não é o oxigênio saturando minha hemoglobina, nem é o ritmo regular em dois tempos que promove a minha adequada perfusão tecidual.

Eu poderia dizer que você mora no meu coração. Mas não. O que mora no meu coração são valvas cardíacas, músculos papilares, cordoalhas tendíneas, e bastante sangue circulante de átrios para ventrículos continuamente.

Eu poderia dizer que quando te vejo borboletas voam no meu estômago. Mas nem que eu realmente quisesse ter borboletas no meu estômago, nenhuma delas sobreviveria ao meu Ph gástrico fisiologicamente ácido, é Hcl demais!

Eu poderia dizer que meu coração bate mais rápido e mais forte por você, mas não é por você. É por uma descarga noradrenégica que sensibiliza os receptores adrenégicos do tipo B1 presentes nos miócitos, aumentando o meu cronotropismo e inotroprismo cardíaco, apenas.

Eu poderia dizer que você é a luz que ilumina minha vida. Mas você não é luz, você é 72,9 % água.  A maior parte de você é formada de moléculas de hidrogênio e oxigênio, e não de ondas eletromagnéticas.

Eu poderia dizer que você me faz sentir nas nuvens. Mas acho que isso tem mais a ver com uma inundação de endorfina, serotonina, oxitocina e todos esses neurotransmissores que agem no SNC nos deixando meio bobos e alheios ao mundo real.

Por fim, eu poderia tentar fazer você adivinhar fazendo uma declaração puramente orgânica e fisiológica das minhas reações, do que você é ou não é para mim. Mas não conseguiria. De qualquer forma eu teria que admitir uma verdade: as manifestações do meu sentimento sim, são fisiológicas, mas o que sinto realmente transcende qualquer entendimento científico, qualquer reação química, transcende a capacidade de expressão da linguagem humana (verbal, não verbal e escrita). É mais do que posso explicar, é mais do que posso entender.

E como entender? Um sentimento de etilogia idiopática, fisiopatologia incerta, de manifestações clínicas características que levam a um diagnóstico fácil, porém difícil, um sentimento de tratamento inexistente e de um prognóstico que é melhor nem imaginar. Impossível entender. Mas maravilhoso de viver. Já adivinhou o que é que eu sinto por você? 

Lívia C. B. - com saudade de quando em que esse texto foi escrito. :')

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um bom começo


"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.” Sigmound Freud

Falar sobre felicidade é como tatear no escuro. Não existem conceitos sólidos ou definições completamente corretas para que se possa embasar. Sabe-se que ela é desejada por todo ser humano, que às vezes ela parece ser inalcançável e que a maneira de obtê-la é quase sempre dita como frases batidas e vazias.

Dizem que ela não é o fim do caminho, é o modo como se chega lá. Que ela não é o que se tem, é o que se é. Que ela só é verdadeira se vier da felicidade de outrem. Dizem que ninguém é feliz sem amar alguém, se amar e ser amado. Talvez tudo isso tenha um fundo de verdade, talvez nem tudo.

O fato é que a felicidade não é igual pra todos, muito menos a forma como se a tem ou a forma como se acredita tê-la. Como disse o pai da psicanálise, ela é um problema individual. Um enigma que cada um deve decifrar a sua maneira, sem necessariamente se guiar por ideias pré-concebidas, procurar receitas, remedinhos milagrosos ou livros de auto-ajuda que só dizem o que todo mundo já sabe.

A vida é cheia de coisas que não podem ser explicadas ou racionalizadas e a felicidade com certeza é uma delas. Por isso, penso que quanto mais procurarmos uma lógica, quanto mais tentarmos entendê-la, mais longe estaremos dela. A felicidade a gente simplesmente vive, se deixa viver. Ela pode estar em um momento, em pequenos detalhes ou em grandes conquistas. Pode estar em um sorriso, mas em uma lágrima também.

Ninguém dirá que esta feliz a qualquer momento em que seja indagado, mas todos nós deveríamos dizer que somos felizes no todo, na somatória o nosso saldo deve ser positivo. E isso tem pouco a ver com as circunstâncias as quais somos defrontados, tem mais a ver com a maneira como enxergamos a vida e o modo como lidamos com a realidade ao nosso entorno.

Por que impor condições para a felicidade se podemos ser felizes com o que temos, do jeito que somos, com aqueles que conhecemos, com as coisas que gostamos de fazer? Podemos ser felizes! Sim, nós podemos, basta descobrir uma maneira particular de sentir-se feliz, e pra começar a descobrir, simplesmente sorria. Um sorriso com certeza é um bom começo para ser feliz. :)

Lívia C.B.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Não diga que a vitória esta perdida



Muitas vezes nos defrontaremos com obstáculos que parecerão impossíveis de serem superados, que nos farão sentir fracos e insignificantes diante da vida, que nos darão a falsa impressão de que somos incapazes de realizar um objetivo, um sonho.

Nesses momentos de angústia devemos procurar incansavelmente por aquela força que fica escondida em nós, aquela que muitas vezes nem sabemos existir. Mas ela existe! E cada um tem a sua forma de encontrá-la. Eu, particularmente, acredito no caminho da fé. A fé em Deus, a fé no amor divino, a fé na vida, a fé em si mesmo.

Não é que ela mova montanhas, como diz o ditado, mas da sim, a força que precisamos pra subir a montanha, contorná-la, destruí-la em pedacinhos e o que mais for necessário. A fé é o porto seguro. Ela nos ensina a transformar lágrimas em ensinamentos, medos em coragem, dúvidas em tranquilidade, ansiedade em momentos de paz.

Ela nos ensina que somos mais fortes do que podemos imaginar, que aguentamos muito mais do que pensamos poder suportar. Porque estamos aqui pra viver, e não pra desistir. Embora, desistir seja mais fácil. Claro, ser fraco é mais cômodo que ser forte, mas ser forte sempre será a melhor escolha. A única escolha.

Já dizia Raul Seixas, “Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!”.

Tente outra vez, e mais uma, e mais uma vez, e quantas vezes forem necessárias. Lute até o ultimo segundo. Porque o esforço sempre é recompensado, talvez não no tempo em que esperamos que ele seja recompensado, mas será recompensado, no tempo certo. Tudo tem seu tempo certo.

E se desistirmos de lutar, então, que sentido terá viver? Que sentido terá existir aqui nesse mundo? Porque o sentido de existir na Terra como um ser humano é lutar sempre, é viver intensamente, nunca desistir dos sonhos, ter fé, tentar outra vez, mil vezes, nunca dizer que a vitória esta perdida. Ela nunca estará perdida, e o caminho pra chegar a ela, esta dentro de nós. Basta procurar.

Lívia C.B.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sobre o que acreditamos,



A crença popular diz que o tempo cura tudo. Cura dores, cura medos, cura aflições, cura tristezas, cura dúvidas. Eu digo que o tempo não cura nada, nada, nada. O tempo é insignificante em se comparando com o poder que tem o cérebro humano.

O que quero dizer é que o indivíduo nunca irá superar o que deve ser superado se não quiser que isso aconteça, por mais que passe um milhão de anos. Para superar a dificuldade tem querer de verdade, não só da boca pra fora, não pra se fingir de forte, não pra tentar enganar a si mesmo. Quando queremos ajuda, aí sim o tempo contribui.

A crença popular diz que “água mole pedra dura, tanto bate até que fura”. Sim, persistência é fundamental, persistir em ser forte quando tudo quer te enfraquecer é um ato de coragem, é uma atitude louvável. Mas nem sempre persistir é a melhor escolha. Há uma linha tênue entre não querer desistir, e não querer ir em frente.

Se uma pedra realmente não quer ceder de jeito nenhum, que mal há em procurar outra pedra? Porque não mudar os planos? As pessoas maleáveis, que se adaptam a realidade com tranquilidade, são as mais satisfeitas com a vida.

Todos sempre repetimos o clichê de que tudo vai dar certo no final. É quase um mantra. Vai dar certo, vai dar certo, vai dar certo. Me pergunto, e se não der? E se não terminar bem? Na verdade, a melhor pergunta é, quando é que termina? Aposto que ninguém vai saber responder.

É por isso que a frase de Orson Welles, um cineasta americano da década de 30, é uma das minhas citações preferidas. "Se você quer um final feliz, isso depende, é claro, de onde você para a história."

Se colocarmos as nossas expectativas em uma pespectiva mais ampla, veremos que muitas vezes estamos exigindo resultados de mais, e colocando determinantes em excesso pra nossa própria felicidade. A felicidade não pode ser determinada, ela deve simplesmente existir, apesar dos finais.

Os ditados e os clichês só nos mostram a tendência que o ser humano tem de querer viver com medidas certas, seguras. Viver não é seguir uma receita de bolo, nada é certo. As vezes até o bolo desanda, com receita e tudo!

Não adianta tentar consolidar uma ideia, e fazer com que ela seja completamente verdadeira e aplicável, nunca será. Existem situações diferentes, épocas diferentes, contextos diferentes, e o que dizemos ou acreditamos sempre deverá ser repensado, uma, duas, mil vezes.

No ultimo post eu disse que devemos aprender com a vida sempre, hoje eu digo que devemos não só aprender com a vida, mas também adaptar as nossas crenças de acordo com o nosso próprio amadurecimento. Não é fácil admitir que as nossas filosofias pessoais podem não ser verdades absolutas, não é fácil, mas é necessário.

Lívia C.B.

domingo, 19 de agosto de 2012

A gente aprende,


Que nem tudo é como queremos que seja. Que nem todo esforço é recompensado. Que nem tudo que é errado é punido. Que o perfeito pode não ser real, e que o real nunca é perfeito. Que a vida da muitas voltas, e sempre há uma surpresa para nos tirar do chão seguro, para nos envolver em um mar de incertezas.

A gente aprende que não há como evitar decepções, choros e saudades. Que não adianta tentar se proteger do sofrimento, ele faz parte da vida, é necessário. E é sofrendo que aprendemos a dar valor nas alegrias. Aprendemos que tudo tem o seu tempo certo, e que cada pessoa tem seu próprio tempo, seu próprio espaço.

A gente aprende que o respeito e a educação são as maiores virtudes de um ser humano, que cada ser humano é único, e aí está a beleza da vida. Aprendemos que nem sempre o caminho escolhido é como pensávamos que seria, mas que nem por isso precisamos desistir de ir em frente, lutar e vencer cada obstáculo.

A gente aprende que o amor pode doer, e que quando dói, dói muito! Aprendemos também que por mais que o amor doa sempre vamos procurá-lo, e sempre vamos acreditar que “dessa vez” talvez seja diferente. Aprendemos que amar independe da nossa vontade, que é impossível trancar o coração a sete chaves e obriga-lo a hibernar por tempo indeterminado, porque ele é rebelde, nunca será domesticado.

A gente aprende que o sucesso de amanhã depende de tudo que somos hoje, e que não se pode viver pensando apenas em aproveitar o momento presente. Tudo deve ter um equilibrio, e escolhas difíceis sempre terão que ser tomadas em favor do futuro. Aprendemos que mágoas são pesos desnecessários na bagagem da vida, e que fazer alguém feliz é a melhor felicidade do mundo.

A gente aprende que a família é sagrada, que a fé é algo divino, e que acreditar em Deus é a forma mais bela de enxergar o mundo e de entender o milagre que é viver. Aprendemos a agradecer todos os dias pela dádiva de existir.

E por fim, a gente aprende que o aprendizado nunca tem um fim. Cada dia é uma nova experiência, uma nova perspectiva, um modo diferente de ver as coisas. As pessoas sempre trazem pra nós um mundo de descobertas, de ideias, de ideais. A vida é dinâmica, e a gente tem que aprender com ela, sempre.

Lívia C.B.

domingo, 10 de junho de 2012

difícil não é lutar por aquilo que se quer,



É terrível abdicar de algo que nos faria feliz, mas muitas vezes as circunstâncias impedem que aconteça aquilo que queremos e ninguém pode ser culpado por isso, porque a realidade simplesmente é assim, são os fatos, é a vida.

A vida mostra que quando somos “gente grande” temos que tomar decisões e definir prioridades. E as prioridades geralmente dificultam os nossos relacionamentos, qualquer tipo de relacionamento. Infelizmente.

E um relacionamento que passa de somente amizade é muito vulnerável, especialmente quando começa em meio a milhares de outras prioridades. Especialmente quando os envolvidos não tem tempo pra dedicar-se um ao outro.

É importante perceber a hora de parar de tentar, porque é inútil investir forças em uma luta que já começou sem chances reais de vitória. O que não quer dizer que a intenção não tenha valido a pena, claro que a intenção vale, e vale muito! Mas não é só de intenção que se constrói um amor.

Vai doer, vai chorar, vai sentir falta. Sentir falta não só do que foi, mas também do que poderia ter sido. Especialmente do que poderia ter sido. Mas fazer o quê? Se consolar com o fato de que ainda pode acontecer, um dia talvez, provavelmente, possivelmente. Quem adivinha o futuro?

O que sabemos é que agora não é hora. Não é hora de trazer mais confusão pras nossas vidas já tão bagunçadas. Não é hora de se preocupar com sentimentos, e sim com livros, muitos livros.

Talvez tudo o que eu disse vá completamente na contra mão do que dizem as minhas filosofias pessoais, é verdade. Eu sempre digo para aproveitarmos as chances que a vida nos dá, que devemos valorizar os sentimentos e fazer tudo valer a pena. Mas a vida real não se dá tão bem com filosofias quanto palavras postadas em um blog. Infelizmente.

Apesar disso, felizmente a vida real ainda nos deixa preservar os amigos, e quando somos adultos temos o dever de não deixar essas pequeninas confusões afetarem as nossas amizades. Porque elas são preciosas, e devem estar acima de tudo! Acima até de uma possibilidade de relacionamento amoroso frustrada.

Sabe, Bob Marley disse um dia que difícil não é lutar por aquilo que se quer e sim desistir daquilo que se mais ama. Hoje eu vejo o quanto ele tem razão. 


Lívia C.B.  - disculpa pipoco. :(

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Good memories



Ser humano é ser imperfeito, é cometer erros. Muitos erros, todos os dias. São erros de comunicação, erros de interpretação, erros de comportamento, erros em relacionamentos. Mas talvez o nosso maior erro seja acreditar que nada pode nos abalar, é sentir que nós e todos a nosso volta estão imunes a qualquer fatalidade.

É sempre um choque quando a vida nos mostra o quanto somos errados em nossos sentimentos de superioridade. É como se a razão caísse com toda força sobre nós, trazendo a tona essa insegurança que tanto tentamos esconder de nós mesmos.

A insegurança que é “estar vivo” sabendo que a qualquer momento isso pode mudar, não só pra nós, mas também, e principalmente, pras pessoas que amamos. Se é simplesmente insuportável imaginar a dor que sentiríamos com a perda de alguém querido, imagina como é perder realmente alguém que amamos.

É tão claro, tão óbvio que a morte faz parte da vida. E mesmo assim, é tão difícil aceitá-la como um evento natural, tão difícil acreditar que ela um dia chegará a nós.

Somos humanos, somos imperfeitos por natureza. Temos necessidade de expressar o nosso amor fisicamente, como se o amor fosse ligado a matéria. Não. O amor transcende a metéria, e transcende qualquer tipo de energia e até mesmo ao tempo. O amor não precisa da presença, ele só precisa de alguém disposto a amar, apesar das distâncias, apesar das diferenças, apesar da morte.

Quando entendemos isso, o fim da vida não parece mais tão injusto ou angustiante. Conseguimos entender a morte como o caminho de todos nós.  O problema é que somos humanos. Não é da nossa natureza entender o amor e suportar a ausências com naturalidade, simplesmente somos assim. Somos Imperfeitos.

E sendo assim, seres tão errantes, o melhor que podemos fazer é viver intensamente sempre. É não desperdiçar chances, é não deixar de aproveitar momentos felizes por razões supérfluas, é ter a coragem de amar e de ser amado, de rir, de esquecer os problemas um segundo e cuidar daqueles que nos fazem felizes.

Porque no fim as boas lembranças serão o nosso maior consolo. As boas lembranças nos farão eternos, eternos no amor de todos os que no rodeiam. Elas mostrarão que a vida foi vivida e foi valorizada. Elas mostrarão que a vida valeu a pena.

I wanna leave my footprints on the sands of time 
Know there was something there 
And something that I left behind 
When I leave this world, I'll leave no regrets 
Leave something to remember, so they won't forget 
I was here, I lived, I loved, I was here. 
                                           I was here - Beyoncé
Lívia C.B.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Passarinhos no céu



“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” Cecília Meireles

Teoricamente liberdade pode ser entendida como ausência de submissão. Pode ser entendida também como o livre direito de ir e vir, ou direito de ter opiniões próprias sem pré-julgamento ou pré-conceito. Liberdade inclui respeitar e ser respeitado, ouvir e ser ouvido. E, antes de tudo, relaciona-se com um sentimento de harmonia plena.

E é por fundamentalmente relacionar-se com sentimentos que a liberdade não pode ser entendida teoricamente. Ela deve ser respirada, como o ar que nos mantém vivos dia após dia. E talvez ela seja mesmo tão importante quanto o oxigênio, mas não de uma forma fisiológica, e sim em uma perspectiva puramente emocional.

Nesse aspecto as crianças dão uma verdadeira lição de como entender a liberdade. Porque apesar de serem muito dependentes, elas são as criaturinhas humanas mais livres do mundo. Livres para imaginar, criar, brincar. Livres para ser super heróis, lideres mundiais, rainhas e reis, princesas e guerreiros.

As crianças nos ensinam que liberdade é deitar na grama, olhar para o céu, e querer voar como os pássaros! Ensinam que liberdade é ter a certeza de poder contar todas as estrelas da noite. Porque desejar o impossível sem pensar no que pode dar errado é a essência de qualquer mente livre.

Um mundo sem amarras, sem restrições, sem normas e regras chatas poderia ser um caos. Mas um ser humano sem barreiras em sua mente só pode ser brilhante! Um adulto que trás em si um pouquinho da criança que foi um dia, vivendo realmente aquela liberdade infantil, é um adulto espetacular.

Por isso, por mais que seja necessário crescer e amadurecer, por mais que muitas vezes tenhamos que abdicar de coisas que nos fazem felizes em prol de um objetivo de gente grande, devemos preservar SEMPRE a nossa liberdade. Não ter medo de sorrir, de errar ou de voar como os pássaros.

Se quisermos ser livres de verdade saberemos desprender as nossas amarrar mentais para assim sentir a harmonia plena que só essa liberdade pode nos mostrar, em qualquer idade.

Porque independentemente de sermos gente grande ou não, sempre haverá estrelas no céu para serem admiradas, sempre haverá passarinhos voando por entre as nuvens, sempre haverá desejos impossíveis para serem almejados. Basta ter a coragem de se libertar.

Lívia C.B. - quer ser livre, sempre.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mulheres e Encantos


                    A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto. Coelho Neto

Segundo o escritor parnasiano, mulheres são enigmas a serem decifrados. Segundo a medicina, mulheres são indivíduos de anatomia complicada e fisiologia ainda mais complicada. Segundo a psicologia, mulheres são criaturas de mentes confusas e comportamentos imprevisíveis.

Até mesmo as próprias se vêem como a personificação da confusão e da complicação. Não é fácil ser mulher, e todos já ouvimos aquelas velhas justificativas clichês para esse fato: Depilação, menstruação, cólica, gravidez, parto, enfim.

Sim, os clichês são totalmente válidos, mas não são eles que justificam realmente as dificuldades de uma mulher. A maior fragilidade dessas criaturas complicadas são os seus sentimentos, a extrema confiança no sexo oposto, a necessidade de justificar por si mesma o erro dos outros, a grande facilidade de se envolver emocionalmente e a gigantesca dificuldade de não se importar com quem merece a indiferença.

Mulheres vivem em extremos. Ora são muito seguras, ora são inseguras demais. As vezes confiam tanto a ponto de se decepcionarem, outras vezes confiam tão pouco que se sufocam com o próprio ciúme. O bom humor delas é contagiante, o mau humor, sai de perto! Podem ser muito, muito carinhosas quando amam, mas extremamente rancorosas e maldosas quando odeiam. Aliás, a linha entre amor e ódio é bastante tênue.

É muito difícil encontrar uma mulher totalmente equilibrada, que não viva pelo menos um exemplo de extremos em sua vida. Assim como é quase impossível encontrar uma mulher que não tenha sofrido por um homem que não merecia um pingo de seu amor. Esta aí outra das fragilidades femininas, a imensa capacidade de se apaixonar pelo cara errado, e sofrer.

É difícil viver nessa eterna confusão de sentimentos, é difícil ser instintivamente protetora, é difícil se preocupar com mil e uma coisas ao mesmo tempo, é difícil ter que se preocupar com a beleza ao mesmo tempo em que se preocupa com mil coisas ao mesmo tempo.

Mas sabe de uma coisa? Talvez as fragilidades femininas sejam aquilo que realmente as tornam especiais. Porque essas fraquezas de certo modo são pequenas consequências das maiores qualidades de uma mulher. A capacidade de se entregar, de sonhar, de amar, de viver tudo intensamente. Intensa... É um adjetivo que definiria bem qualquer mulher.

Nunca acreditei nessa história de que homens e mulheres podem ser classificados e tachados por características específicas e imutáveis. Acredito que cada ser humano é único independentemente do sexo. Mas acredito sim que as mulheres são verdadeiros enigmas a serem decifrados. Não há como negar, entre os dois gêneros, elas são as mais imprevisíveis.

Acredito que o maior privilégio de uma mulher é ter em sua vida um homem afetuoso a decifrá-la pacientemente, um pouquinho a cada dia. E por fim, acredito que a maior felicidade de um homem é ter uma mulher complicadinha ao seu lado, com toda a sua capacidade de viver intensamente e principalmente, com todos os seus encantos.

Lívia C.B.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E se...



De modo geral não é novidade quando digo que a vida é maravilhosa. Realmente enxergo o fato de existir como um verdadeiro milagre, um milagre que me surpreende sempre.

Mas algumas coisas na vida me fascinam de forma especial. São detalhes que me inspiram. Admiro, por exemplo, o poder que o ser humano tem de ser bom, e admiro cada um dos sentimentos bonitos que são próprios de nós, os bípedes de cérebro cinzento.

Acho incrível a criatividade humana, as artes, música, teatro, o cinema. E as diferenças também me encantam, as distintas culturas do Ocidente ao Oriente, as diferentes aparências, os diferentes modos de agir e pensar. Tudo isso me faz amar a vida.

E é por amar a vida, que amo mais ainda o poder de escolher os caminhos que devo seguir. É estranho pensar que toda a nossa história estaria escrita em algum lugar ou que fosse programada de alguma forma. Por isso, a maior beleza de viver está na liberdade que temos de fazer da vida o que gostaríamos que ela fosse, ou ao menos algo parecido com o que gostaríamos.

Porém, a liberdade de escolha apenas seria perfeita se não existisse o fantasminha do “E se” para nos assombrar. Porque até mesmo quando tomamos uma decisão acertada, ele sempre está lá para nos confundir e angustiar. E se eu tivesse dito sim, o que aconteceria? E se eu tivesse ido embora? E se eu tivesse desistido? E se eu tivesse continuado?

São as dúvidas que nos acompanharão eternamente. São perguntas que nunca terão respostas. Nenhuma questão que começa com um ”E se” pode ser respondida com certeza. Então aqui vai mais uma das minhas filosofias pessoais, nunca faça a si mesmo perguntas que se comecem com um “E se”, nunca! Leu bem? NUNCA!

E sabe por quê? Porque a vida é tão impressionante que não vale a pena desperdiçar tempo e vitalidade mental em perguntas como essas. Apenas concentre-se em questionamentos que agucem a sua criatividade, aumentem a sua inteligência, e iluminem a sua alma!

Além disso, o fato de viver é tão grandioso que qualquer escolha ruim se torna insignificante. Ainda mais quando percebemos que depois de uma escolha sempre haverá outra, e outra, e no fim poderemos compensar aquilo que não foi tão acertado. Outras chances sempre virão para aqueles que estão atentos a procurá-las.

Em fim, quando for necessário escolher, pense. Pense uma vez, duas vezes, mil vezes. Decida, e continue, sem questionar o que poderia ter acontecido ou não acontecido se a outra alternativa fosse escolhida. Não deixe o “E se” te perseguir. Ele não é saudável para o milagre que é a sua existência.

Lívia C.B.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Tic tac tic tac



O tempo do mundo é contado através dos movimentos de rotação e translação. Giros que nos presenteiam com os dias e as noites, os anos, os milênios, o passado, o presente e o futuro.

Já o tempo do ser humano é contado através dos ponteiros do relógio. E não apenas contado, mas controlado a mãos de ferro. Uma maquininha simpática que deveria ser nossa aliada se torna cada vez mais uma vilã que aprisiona e impede de viver.

O tic tac da rotina frenética em que vivemos não deixa espaço na agenda para o compromisso de aproveitar a vida. Os amigos, a família, as viagens, as coisas que gostamos de fazer, um livro que gostaríamos de ler, palavras que deveriam ser ditas, tudo fica pra depois. Um depois que nunca chega.

Então, insatisfeitos, nos perguntamos onde está a felicidade. Respondo, a felicidade está naquele tempo que ficou pra trás, no depois que não chegou, em tudo aquilo que deveria ser prioridade, mas não é.

E apesar das nossas insatisfações, o tempo passa, o relógio não para, e o que ficou pra trás não volta. Após um dia somos presenteados com outro dia, um ano termina e somos presenteados com outro, mesmo que não saibamos enxergá-los como os belos presentes que eles são.

Que em 2012 possamos fazer as pazes com o relógio, e transformá-lo de vilão a companheiro. Que as 24 horas de cada dia sejam suficientes para que nossas obrigações sejam cumpridas e que ainda assim possamos sorrir, dançar, pular e sonhar.

Falando em sonhar, que em 2012 possamos ter muito tempo para realizar sonhos, e tempo para pensar em novos sonhos. Tempo para parar, prestar atenção a nossa volta e enxergar a vida no que ela tem de mais bela, porque, como eu já disse, a realidade pode ser fascinante se educarmos os nossos olhos para enxergá-la assim.

Em fim, o tempo muitas vezes pode não ser muito amigável conosco, mas com um pouquinho de jogo de cintura e paciência ele se torna um grande amigo. Basta querer!

E feliz ano novo!

Lívia C.B.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uma lição para nunca esquecer.


Em um dia perdido no meio das férias, eu estava lendo uma revista e lembro que uma frase me chamou atenção, era mais ou menos assim:

“É preciso encontrar uma maneira de dar mais vida aos nossos anos, ao invés de apenas acrescentar anos e mais anos em nossas vidas.”

Pensei nessas palavras por vários dias. Pensei nas formas com que eu fazia meus anos valerem a pena, pensem nas pessoas que faziam a minha vida mais interessante, pensei no que eu deixava escapar e no que eu apenas acrescentava sem necessidade alguma.

Acho que eu pensei de mais até.

No fim eu cheguei a conclusão de que eu deveria valorizar mais algumas coisas, e esquecer completamente outras coisas.

Porque muitas vezes focamos a nossa atenção exatamente naquilo que não deveria ser o mais importante. Superestimamos pessoas que não merecem se quer a nossa estima, que dirá uma super estima. Sofremos por detalhes passageiros, supérfluos. Fantasiamos a vida, pelo simples medo de encarar a realidade.

E assim os anos passam, e as lembranças ficam. Algumas são boas, outras nem tanto. Algumas são insossas, sem sal, sem doce. Há ainda aquelas que deveriam ser boas, mas que martelam todos os dias na nossa mente, em um tormento eterno (essas são as piores).

Enfim, acho que a vida é feita de fases. Não estou falando de infância, adolescência, velhice, não. Estou falando de fases curtas. Fases em que se está radiante por algum motivo, fases em que se está triste por outro motivo, fases em que tudo parece possível, e outras em que o mundo parece pesar nas costas.

Resolvi que acrescentarei vida aos meus anos independente das fases por quais eu passar. Independentemente da minha vontade de sorrir, eu sempre estarei sorrindo. Quem sabe o sorriso torne tudo mais fácil. Quem sabe ele ajude a afastar as preocupações e os medos. Tomara que sim!

Lívia C.B.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser,


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

                                                      Eis a questão.

Longe de mim analisar o que Shakespeare quis dizer com a sua célebre frase. Até Sigmund Freud tentou descobrir e não conseguiu! Quem sou eu não é?

O fato é que Hamlet não sabia que lado seguir. Se ele escolhesse o “ser” uma série de consequências estariam á frente, assim como também haveriam consequências se ele escolhesse o “não ser”.

Longe dos floreios da literatura, a vida real é exatamente assim. Constantemente somos impelidos a tomar decisões que influenciarão diretamente no nosso futuro, e nem sempre estamos preparados para decidir. Aliás, eu diria que quase nunca estamos convictos de uma decisão.

Uma certa pessoa me disse que não existe um destino traçado para cada um, que nós fazemos o nosso destino através das nossas escolhas. E que as escolhas devem ser feitas com todo o cuidado, porque elas representam os parágrafos que formam a história das nossas vidas.

Eu não sei se acredito ou não em destino. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nós temos a maior parcela de responsabilidade sobre o que o futuro nos reserva. Somos uma espécie de autores escrevendo uma história que as vezes foge do nosso controle, mas que depende totalmente de nós para ser bem sucedida.

E assim, continuamos andando rumo a encruzilhadas, ultrapassando os obstáculos no caminho que escolhemos, e continuamos tendo que escolher novos caminhos a percorrer.

Escolher continuar ou mudar, escolher persistir ou esquecer, escolher acreditar ou desconfiar, escolher viver ou assistir a vida acontecer.

A vida é assim, uma sucessão de escolhas.

Que sejamos sempre fortes para afastar as escolhas erradas, que tenhamos bastante discernimento para enxergar o caminho certo e o errado. Que o bom senso nos ajude a tomar as atitudes corretas, e que possamos ser muito felizes, independente dos nossos erros e acertos.

Lívia C.B.