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sábado, 23 de junho de 2012

Heart vs. Head


                                            You have a decision to make.

Paradoxo, contradição, contra senso, incoerência, divergência, indecisão. São substantivos que dominam completamente o cérebro de todos nós, em qualquer época, nas mais diversas situações.

Há muito tempo me pergunto o porquê de sermos tão confusos, tão indecisos. Porque é tão difícil tomar uma decisão e persistir nela? Porque é tão difícil entender o contexto, entender os outros, e principalmente, entender a si mesmo? Porque o simples tende a se tornar complicado e o complicado a se tornar impossível?

O fato é que vivemos um conflito interno constante entre o que queremos e o que sabemos ser o certo. A sabedoria popular diz que o coração e a cabeça não se dão muito bem. O grande escritor Augusto Cury diz que a mente humana é como o pêndulo de um relógio que flutua entre a razão e a emoção, e diz ainda que devemos tomar cuidado com os desvios desse pêndulo.

Acredito de verdade que somos tão indecisos e confusos porque não conseguimos chegar ao equilíbrio entre a nossa razão e a nossa emoção. O pêndulo desvia a direção, e nem se quer percebemos que algo mudou em nossa mente. Não é uma questão de imaturidade, é apenas a dificuldade natural de organizar os pensamentos e os sentimentos.

Isso é especialmente complexo quando a razão diz o que a emoção não quer ouvir. E é aí que os problemas acontecem. A razão pensa, a emoção não.  A razão decide, a emoção confronta. A razão explica, a emoção não aceita. E no fim desse angustiante cabo de guerra, a emoção quase sempre vence. Algumas vezes isso é bom pra nós, muitas vezes não é.

Realmente não sei como conseguir o equilíbrio. Até porque, sou o oposto de qualquer coisa que possa envolver equilíbrio. Vou do extremo da razão ao extremo da emoção em milésimos de segundo, é impressionante. Meu pêndulo não desvia de direção, ele da um giro de 360 graus seguido de um mortal pra trás e termina plantando bananeira.

Mas sabe, talvez encontrar esse equilíbrio seja sim uma missão impossível, não só pra uma pessoa maluca como eu, mas pra todos nós. Apesar disso, acho interessante começar a compreender como funciona a nossa mente, como agimos, como sentimos. Penso que quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais fácil é controlar os impulsos e discernir os momentos certos de seguir a razão, ou a emoção.

Ninguém precisa ser totalmente equilibrado, mas precisamos ter o controle da nossa razão pelo menos na medida de reconhecer o caminho errado, e o controle da nossa emoção pelo menos na medida de não tomar o caminho errado. Porque no fim, conseguir evitar uma decepção ou um arrependimento já é uma grande vitória.

Lívia C.B.

domingo, 10 de junho de 2012

difícil não é lutar por aquilo que se quer,



É terrível abdicar de algo que nos faria feliz, mas muitas vezes as circunstâncias impedem que aconteça aquilo que queremos e ninguém pode ser culpado por isso, porque a realidade simplesmente é assim, são os fatos, é a vida.

A vida mostra que quando somos “gente grande” temos que tomar decisões e definir prioridades. E as prioridades geralmente dificultam os nossos relacionamentos, qualquer tipo de relacionamento. Infelizmente.

E um relacionamento que passa de somente amizade é muito vulnerável, especialmente quando começa em meio a milhares de outras prioridades. Especialmente quando os envolvidos não tem tempo pra dedicar-se um ao outro.

É importante perceber a hora de parar de tentar, porque é inútil investir forças em uma luta que já começou sem chances reais de vitória. O que não quer dizer que a intenção não tenha valido a pena, claro que a intenção vale, e vale muito! Mas não é só de intenção que se constrói um amor.

Vai doer, vai chorar, vai sentir falta. Sentir falta não só do que foi, mas também do que poderia ter sido. Especialmente do que poderia ter sido. Mas fazer o quê? Se consolar com o fato de que ainda pode acontecer, um dia talvez, provavelmente, possivelmente. Quem adivinha o futuro?

O que sabemos é que agora não é hora. Não é hora de trazer mais confusão pras nossas vidas já tão bagunçadas. Não é hora de se preocupar com sentimentos, e sim com livros, muitos livros.

Talvez tudo o que eu disse vá completamente na contra mão do que dizem as minhas filosofias pessoais, é verdade. Eu sempre digo para aproveitarmos as chances que a vida nos dá, que devemos valorizar os sentimentos e fazer tudo valer a pena. Mas a vida real não se dá tão bem com filosofias quanto palavras postadas em um blog. Infelizmente.

Apesar disso, felizmente a vida real ainda nos deixa preservar os amigos, e quando somos adultos temos o dever de não deixar essas pequeninas confusões afetarem as nossas amizades. Porque elas são preciosas, e devem estar acima de tudo! Acima até de uma possibilidade de relacionamento amoroso frustrada.

Sabe, Bob Marley disse um dia que difícil não é lutar por aquilo que se quer e sim desistir daquilo que se mais ama. Hoje eu vejo o quanto ele tem razão. 


Lívia C.B.  - disculpa pipoco. :(

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fear is only in our minds,

http://www.flickr.com/photos/enyouart/

                                                Taking over all the time.

Os nossos parentes pré-históricos precisavam temer. Eles viviam em um mundo cheio de perigos, feras ferozes, precipícios, tempestades devastadoras e toda sorte de intempéries.

Já dizia Darwin, o ambiente seleciona os mais aptos. E o ambiente selecionou os medrosos. Aqueles que ao invés de enfrentar as feras, corriam delas. Os que evitavam as alturas, as águas profundas, os que se protegiam melhor nos dias de chuva. E os que guardavam mais comida, claro.

Isso, pra nós, representa um DNA repleto de genes que nos incitam a viver atentos, cuidadosos e receosos. Mesmo que hoje não existam mais feras ferozes e todas aquelas desventuras de um mundo primitivo. Mesmo que nosso vizinho não vá aparecer querendo jogar uma pedra gigante em nossas cabeças – eu espero que não!

Assim, passamos a canalizar esses medos a coisas que não deveriam nos amedrontar. Que criança nunca teve medo de escuro, de fantasma, de monstro debaixo da cama? Que jovem nunca teve medo do futuro?

Temos medo de novos amores, de mudanças, de lugares desconhecidos e pessoas desconhecidas. De comidas exóticas, de caminhos diferentes. Medo de sair da rotina, da programação. Medo de mudar de idéia, de sonhos, de metas.

A verdade é que, especialmente quando se trata de sentimentos e expectativas, fugimos de qualquer coisa que possa nos tirar desse mundo psicológico seguro, sem grandes surpresas.

É como se fossemos hominídeos amedrontados vivendo escondidos em uma caverna que está em nossas próprias mentes.

Então, depois de termos sido selecionados como os mais aptos para a vida nessa Terra, é chegada a hora descobrir quais são os mais aptos para vencer os medos intrínsecos a todo cérebro humano.

E os que conseguirem essa proeza, esses sim serão os donos do mundo futuro.

Missão impossível?

Talvez. Mas prefiro isso a enfrentar feras ferozes, e como prefiro!

Lívia C.B.