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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um bom começo


"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.” Sigmound Freud

Falar sobre felicidade é como tatear no escuro. Não existem conceitos sólidos ou definições completamente corretas para que se possa embasar. Sabe-se que ela é desejada por todo ser humano, que às vezes ela parece ser inalcançável e que a maneira de obtê-la é quase sempre dita como frases batidas e vazias.

Dizem que ela não é o fim do caminho, é o modo como se chega lá. Que ela não é o que se tem, é o que se é. Que ela só é verdadeira se vier da felicidade de outrem. Dizem que ninguém é feliz sem amar alguém, se amar e ser amado. Talvez tudo isso tenha um fundo de verdade, talvez nem tudo.

O fato é que a felicidade não é igual pra todos, muito menos a forma como se a tem ou a forma como se acredita tê-la. Como disse o pai da psicanálise, ela é um problema individual. Um enigma que cada um deve decifrar a sua maneira, sem necessariamente se guiar por ideias pré-concebidas, procurar receitas, remedinhos milagrosos ou livros de auto-ajuda que só dizem o que todo mundo já sabe.

A vida é cheia de coisas que não podem ser explicadas ou racionalizadas e a felicidade com certeza é uma delas. Por isso, penso que quanto mais procurarmos uma lógica, quanto mais tentarmos entendê-la, mais longe estaremos dela. A felicidade a gente simplesmente vive, se deixa viver. Ela pode estar em um momento, em pequenos detalhes ou em grandes conquistas. Pode estar em um sorriso, mas em uma lágrima também.

Ninguém dirá que esta feliz a qualquer momento em que seja indagado, mas todos nós deveríamos dizer que somos felizes no todo, na somatória o nosso saldo deve ser positivo. E isso tem pouco a ver com as circunstâncias as quais somos defrontados, tem mais a ver com a maneira como enxergamos a vida e o modo como lidamos com a realidade ao nosso entorno.

Por que impor condições para a felicidade se podemos ser felizes com o que temos, do jeito que somos, com aqueles que conhecemos, com as coisas que gostamos de fazer? Podemos ser felizes! Sim, nós podemos, basta descobrir uma maneira particular de sentir-se feliz, e pra começar a descobrir, simplesmente sorria. Um sorriso com certeza é um bom começo para ser feliz. :)

Lívia C.B.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do Amigo



“A glória da amizade não é apenas a mão estendida, o sorriso carinhoso, ou a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.” Ralph Waldo Emerson

Todos os dias são dias de lembrar e cuidar dos amigos. Dia 20 de Julho é especial, é dia não só de lembrar e cuidar, mas de refletir sobre a importância das nossas amizades e reconhecer que não seriamos quem somos sem esses presentes de Deus em nossas vidas.

Presentes que estão sempre ao nosso lado, por anos e anos, secando nossas lágrimas, empurrando contra os medos, sorrindo simplesmente. Falando besteiras, bebendo coca-cola, litros de coca-cola, sem medo de engordar. Presentes que escutam, mas que falam também e aconselham, mesmo sabendo que os conselhos não serão exatamente seguidos.

São pra eles que corremos quando tudo parece dar errado, porque quando não encontramos solução, eles encontram, sempre encontram. E quando a angústia aperta no peito, eles estão lá ao lado para nos curar com um abraço apertado, ou confortar com uma mensagem carinhosa.

Distância? Ela não é problema, porque esses presentinhos conseguem se fazer presentes mesmo a milhares de quilômetros. Não existe distância que afaste corações unidos. Isso é clichê, verdade. Mas amizade é clichê e amigos não se importam em serem clichês, não se importam se estão sendo ridículos ou se estão falando coisas sem sentido.  Não há com o que se preocupar, já que todos vão rir depois da piada sem graça, nem que seja rir da risada um do outro.

Amigos de verdade não se deixam abalar pelas discussões nos trabalhos de patologia, e se consolam depois de uma prova sinistra, de uma nota desesperadora, ou de uma aula infinita. Amigos discutem seus relacionamentos amorosos em alto e bom som comendo coxinha e bebendo suco de laranja na cantina, sem medo de serem felizes. E juntos se apoiam em todos os obstáculos, para juntos realizarem um grande sonho.

Existem amigos tão especiais que somente vê-los já nos faz sorrir, e que apenas com uma conversa conseguem tirar todo o peso das nossas costas, como num passe de mágica. Alguns amigos disponibilizam suas casas para os outros chorarem, e isso é muita generosidade (obrigada!). Certos amigos se beijam de vez em quando e ficam meio confusos, mas tudo se ajeita. Porque no fim das contas amigos são amigos, apesar dos beijinhos.

E nesse dia tão especial, eu agradeço aos meus queridos por me aturarem com as minhas chatices e frescurites. Agradeço por confiarem e acreditarem em mim, e por me fazerem acreditar em mim mesma.  Agradeço por todas as conversas, conselhos, encorajamentos, bagunças, estudos, trabalhos, festinhas, cinemas, tardes de risadas, os dias de sol, os dias de chuva, as viagens, e todas as histórias que tenho pra contar.

Obrigada por fazerem parte da minha vida, e claro, obrigada por me fazerem feliz!

Lívia C.B.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Lembrança fantasma, fantasia real

http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Eu devia estar estudando, porém uma angústia inexplicável impede qualquer tipo de concentração em meu cérebro.

Vejo fantasmas. São lembranças. Momentos que se foram, e que tento com todas as forças ter de volta, viver de novo, cada segundo.

Talvez eu esteja errada em me prender tanto ao passado. Mas o passado é tão próximo! Faz parte de mim, me faz quem eu sou. Por mais que eu tente deixá-lo trancado em uma gavetinha, ele sempre escapa. Não consigo controlar.

E quando isso acontece, é como se cada célula do meu corpo gritasse por palavras, por sons, por perfumes, sensações, sorrisos, alegrias, beijos e abraços.

Como se elas gritassem pela presença daqueles que estão longe, pelo dia-dia que não existe mais, pelas palhaçadas que agora só existem na memória.

Eu devia estar estudando, é verdade. Mas as letrinhas se embaralham quando meu coração está inquieto. As frases se confundem. As imagens não fazem sentido. Tudo que eu quero é que as lembranças fiquem bem guardadas na gaveta, e que não me atrapalhem mais, por favor.

E assim, me embrulho para que as cobertas me consolem em seu abraço aconchegante. Olho para o celular a espera de uma mensagem que amenize a minha saudade. Esqueço completamente a prova de amanhã, fecho os olhos, e sonho. Porque nos sonhos não existem lembranças fantasmas, existem apenas fantasias reais.

Lívia C.B. - vai ter uma ótima prova, com certeza.