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sexta-feira, 22 de março de 2013

“It is a risk to love...



                      … what if it doesn’t work out? Ah, but what if it does.” Peter McWilliams

Existe uma época da vida que a gente jura que sabe o que é o amor, que sabe o que é amar. É um tempo de suspiros e sorrisos bobos, onde o ar de novidade faz tudo ter um sentido muito real.

Essa época da vida passa quando as decepções acontecem (elas sempre acontecem), e a gente percebe que o amor não é aquela maravilha toda. Aliás, descobrimos as duras penas que nem tudo que a gente acha que é amor é amor (quase tudo não é). E assim aquela visão mágica e romântica vai embora deixando em seu lugar o gosto amargo de uma, ou várias expectativas perdidas.

Então vem o tempo da desilusão. Quando queremos a todo custo fugir de qualquer sentimento que lembre ou que traga algum resquício daquilo que costumávamos fantasiar. Uma tentativa falha de se proteger de algo do qual não existe proteção. Alguém por acaso já ouviu falar de um modo de prevenção eficaz ao amor?

E nessa ânsia por se proteger, fugir, se prevenir, a gente acaba perdendo chances de ser feliz. O medo de se machucar e de machucar o outro muitas vezes acaba sendo mais forte que a vontade de arriscar.

ARRISCAR. Correr o risco. Encarar a chance de sofrer apostando na chance de ser feliz. Isso faz parte de amar. O medo, a confusão e a ansiedade também entram no processo. E o que finaliza tudo é a dúvida. Muitas dúvidas. A principal delas vem do fato de que a gente nunca vai saber de verdade o que é esse sentimento.

Porque assim como não existe prevenção, também não existe diagnóstico. Ele se confunde com muitos outros sentimentos como paixão, carinho, amizade, afeto, desejo, enfim, é tudo misturado. Se você sente um monte de coisa misturada, então talvez isso seja amor, talvez. Só o tempo pode dizer.

Por isso desisti de tentar entender, passei a arriscar, e apenas sentir. Desisti de tentar me proteger e resolvi esquecer as cicatrizes que os amores passados deixaram em mim. Não me preocupo mais em ter um diagnóstico e parei de imaginar o prognóstico, apenas me esforço para que ele seja o melhor possível, dentro do possível.

Eu não sei o que vai ser, o que vai acontecer. O que eu sei é que quando fecho os olhos eu vejo alguém que me faz feliz e que eu quero fazer muito feliz. Isso é amor? Talvez sim. Mas o mais importante é que não é um sonho, não é uma fantasia. É uma realidade.

Lívia C.B.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um bom começo


"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.” Sigmound Freud

Falar sobre felicidade é como tatear no escuro. Não existem conceitos sólidos ou definições completamente corretas para que se possa embasar. Sabe-se que ela é desejada por todo ser humano, que às vezes ela parece ser inalcançável e que a maneira de obtê-la é quase sempre dita como frases batidas e vazias.

Dizem que ela não é o fim do caminho, é o modo como se chega lá. Que ela não é o que se tem, é o que se é. Que ela só é verdadeira se vier da felicidade de outrem. Dizem que ninguém é feliz sem amar alguém, se amar e ser amado. Talvez tudo isso tenha um fundo de verdade, talvez nem tudo.

O fato é que a felicidade não é igual pra todos, muito menos a forma como se a tem ou a forma como se acredita tê-la. Como disse o pai da psicanálise, ela é um problema individual. Um enigma que cada um deve decifrar a sua maneira, sem necessariamente se guiar por ideias pré-concebidas, procurar receitas, remedinhos milagrosos ou livros de auto-ajuda que só dizem o que todo mundo já sabe.

A vida é cheia de coisas que não podem ser explicadas ou racionalizadas e a felicidade com certeza é uma delas. Por isso, penso que quanto mais procurarmos uma lógica, quanto mais tentarmos entendê-la, mais longe estaremos dela. A felicidade a gente simplesmente vive, se deixa viver. Ela pode estar em um momento, em pequenos detalhes ou em grandes conquistas. Pode estar em um sorriso, mas em uma lágrima também.

Ninguém dirá que esta feliz a qualquer momento em que seja indagado, mas todos nós deveríamos dizer que somos felizes no todo, na somatória o nosso saldo deve ser positivo. E isso tem pouco a ver com as circunstâncias as quais somos defrontados, tem mais a ver com a maneira como enxergamos a vida e o modo como lidamos com a realidade ao nosso entorno.

Por que impor condições para a felicidade se podemos ser felizes com o que temos, do jeito que somos, com aqueles que conhecemos, com as coisas que gostamos de fazer? Podemos ser felizes! Sim, nós podemos, basta descobrir uma maneira particular de sentir-se feliz, e pra começar a descobrir, simplesmente sorria. Um sorriso com certeza é um bom começo para ser feliz. :)

Lívia C.B.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Passarinhos no céu



“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” Cecília Meireles

Teoricamente liberdade pode ser entendida como ausência de submissão. Pode ser entendida também como o livre direito de ir e vir, ou direito de ter opiniões próprias sem pré-julgamento ou pré-conceito. Liberdade inclui respeitar e ser respeitado, ouvir e ser ouvido. E, antes de tudo, relaciona-se com um sentimento de harmonia plena.

E é por fundamentalmente relacionar-se com sentimentos que a liberdade não pode ser entendida teoricamente. Ela deve ser respirada, como o ar que nos mantém vivos dia após dia. E talvez ela seja mesmo tão importante quanto o oxigênio, mas não de uma forma fisiológica, e sim em uma perspectiva puramente emocional.

Nesse aspecto as crianças dão uma verdadeira lição de como entender a liberdade. Porque apesar de serem muito dependentes, elas são as criaturinhas humanas mais livres do mundo. Livres para imaginar, criar, brincar. Livres para ser super heróis, lideres mundiais, rainhas e reis, princesas e guerreiros.

As crianças nos ensinam que liberdade é deitar na grama, olhar para o céu, e querer voar como os pássaros! Ensinam que liberdade é ter a certeza de poder contar todas as estrelas da noite. Porque desejar o impossível sem pensar no que pode dar errado é a essência de qualquer mente livre.

Um mundo sem amarras, sem restrições, sem normas e regras chatas poderia ser um caos. Mas um ser humano sem barreiras em sua mente só pode ser brilhante! Um adulto que trás em si um pouquinho da criança que foi um dia, vivendo realmente aquela liberdade infantil, é um adulto espetacular.

Por isso, por mais que seja necessário crescer e amadurecer, por mais que muitas vezes tenhamos que abdicar de coisas que nos fazem felizes em prol de um objetivo de gente grande, devemos preservar SEMPRE a nossa liberdade. Não ter medo de sorrir, de errar ou de voar como os pássaros.

Se quisermos ser livres de verdade saberemos desprender as nossas amarrar mentais para assim sentir a harmonia plena que só essa liberdade pode nos mostrar, em qualquer idade.

Porque independentemente de sermos gente grande ou não, sempre haverá estrelas no céu para serem admiradas, sempre haverá passarinhos voando por entre as nuvens, sempre haverá desejos impossíveis para serem almejados. Basta ter a coragem de se libertar.

Lívia C.B. - quer ser livre, sempre.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Tic tac tic tac



O tempo do mundo é contado através dos movimentos de rotação e translação. Giros que nos presenteiam com os dias e as noites, os anos, os milênios, o passado, o presente e o futuro.

Já o tempo do ser humano é contado através dos ponteiros do relógio. E não apenas contado, mas controlado a mãos de ferro. Uma maquininha simpática que deveria ser nossa aliada se torna cada vez mais uma vilã que aprisiona e impede de viver.

O tic tac da rotina frenética em que vivemos não deixa espaço na agenda para o compromisso de aproveitar a vida. Os amigos, a família, as viagens, as coisas que gostamos de fazer, um livro que gostaríamos de ler, palavras que deveriam ser ditas, tudo fica pra depois. Um depois que nunca chega.

Então, insatisfeitos, nos perguntamos onde está a felicidade. Respondo, a felicidade está naquele tempo que ficou pra trás, no depois que não chegou, em tudo aquilo que deveria ser prioridade, mas não é.

E apesar das nossas insatisfações, o tempo passa, o relógio não para, e o que ficou pra trás não volta. Após um dia somos presenteados com outro dia, um ano termina e somos presenteados com outro, mesmo que não saibamos enxergá-los como os belos presentes que eles são.

Que em 2012 possamos fazer as pazes com o relógio, e transformá-lo de vilão a companheiro. Que as 24 horas de cada dia sejam suficientes para que nossas obrigações sejam cumpridas e que ainda assim possamos sorrir, dançar, pular e sonhar.

Falando em sonhar, que em 2012 possamos ter muito tempo para realizar sonhos, e tempo para pensar em novos sonhos. Tempo para parar, prestar atenção a nossa volta e enxergar a vida no que ela tem de mais bela, porque, como eu já disse, a realidade pode ser fascinante se educarmos os nossos olhos para enxergá-la assim.

Em fim, o tempo muitas vezes pode não ser muito amigável conosco, mas com um pouquinho de jogo de cintura e paciência ele se torna um grande amigo. Basta querer!

E feliz ano novo!

Lívia C.B.

domingo, 27 de março de 2011

“O amor é como uma criança: deseja tudo o que vê.”

- William Shakespeare, o autor do maior amor proibido de todos os tempos .


Romeo era dos Montéquio, Julieta dos Capuleto. Inimigos de sangue, amantes de corpo e alma. A história do nosso amigo William é antiga, termina em tragédia e é recheada de melodrama, mas representa muito bem essa “tendência” humana de entrar no caminho mais difícil.

Há algum tempo atrás, quando os casamentos tinham que ser arranjados, amores impossíveis eram tão comuns quanto carrinhos de pipoca na praça.

Tanto era assim que os pais evitavam por as filhas na escola, pelo simples fato de que se elas aprendessem a ler e escrever, saberiam mandar bilhetinhos apaixonados e marcar encontros secretos. – veja que mentalidade!

Hoje os amores proibidos já não acontecem tanto por causa da família, apesar de que ainda existem pais e mães com um pé nos séculos passados. Na verdade, penso que se duas pessoas se amam, nada pode proibir esse relacionamento.

Talvez uma distância, uma separação inevitável, uma diferença de idade, de maturidade, ou até pré-conceitos possam ser obstáculos na convivência entre um casal, porém esses não são motivos para dizer: - Meu amor é impossível.

Acredito que os únicos amores probidos são aqueles não correspondidos. Isso porque vivemos em tempos em que tolerância e a compreensão são incentivadas, tanto nos relacionamentos familiares e amorosos, quanto nos sociais em geral. Além disso, tecnologias de comunicação estão a disposição de qualquer um que precise.

Obstáculos sempre existiram, sempre existirão, pelo simples fato de que não escolhemos quem amar.

O sentimento decide ao acaso, e nós que arquemos com as conseqüências! Não é fácil, mas não devemos desistir de lutar por um amor que pode dar certo - repito – que pode dar certo.

Enfim, se o amor deseja tudo que vê, então que veja muito bem, com visão de raio X de preferência. Para que os amores impossíveis sejam evitados, e para que os obstáculos possam ser vencidos da melhor forma. Porque além das dificuldades, a felicidade é o que importa.

Lívia C.B.
Para Projeto Bloínques, 53ª Edição Opinativa. 1º lugar!