domingo, 27 de março de 2011

“O amor é como uma criança: deseja tudo o que vê.”

- William Shakespeare, o autor do maior amor proibido de todos os tempos .


Romeo era dos Montéquio, Julieta dos Capuleto. Inimigos de sangue, amantes de corpo e alma. A história do nosso amigo William é antiga, termina em tragédia e é recheada de melodrama, mas representa muito bem essa “tendência” humana de entrar no caminho mais difícil.

Há algum tempo atrás, quando os casamentos tinham que ser arranjados, amores impossíveis eram tão comuns quanto carrinhos de pipoca na praça.

Tanto era assim que os pais evitavam por as filhas na escola, pelo simples fato de que se elas aprendessem a ler e escrever, saberiam mandar bilhetinhos apaixonados e marcar encontros secretos. – veja que mentalidade!

Hoje os amores proibidos já não acontecem tanto por causa da família, apesar de que ainda existem pais e mães com um pé nos séculos passados. Na verdade, penso que se duas pessoas se amam, nada pode proibir esse relacionamento.

Talvez uma distância, uma separação inevitável, uma diferença de idade, de maturidade, ou até pré-conceitos possam ser obstáculos na convivência entre um casal, porém esses não são motivos para dizer: - Meu amor é impossível.

Acredito que os únicos amores probidos são aqueles não correspondidos. Isso porque vivemos em tempos em que tolerância e a compreensão são incentivadas, tanto nos relacionamentos familiares e amorosos, quanto nos sociais em geral. Além disso, tecnologias de comunicação estão a disposição de qualquer um que precise.

Obstáculos sempre existiram, sempre existirão, pelo simples fato de que não escolhemos quem amar.

O sentimento decide ao acaso, e nós que arquemos com as conseqüências! Não é fácil, mas não devemos desistir de lutar por um amor que pode dar certo - repito – que pode dar certo.

Enfim, se o amor deseja tudo que vê, então que veja muito bem, com visão de raio X de preferência. Para que os amores impossíveis sejam evitados, e para que os obstáculos possam ser vencidos da melhor forma. Porque além das dificuldades, a felicidade é o que importa.

Lívia C.B.
Para Projeto Bloínques, 53ª Edição Opinativa. 1º lugar!