quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ser ou não ser,


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

                                                      Eis a questão.

Longe de mim analisar o que Shakespeare quis dizer com a sua célebre frase. Até Sigmund Freud tentou descobrir e não conseguiu! Quem sou eu não é?

O fato é que Hamlet não sabia que lado seguir. Se ele escolhesse o “ser” uma série de consequências estariam á frente, assim como também haveriam consequências se ele escolhesse o “não ser”.

Longe dos floreios da literatura, a vida real é exatamente assim. Constantemente somos impelidos a tomar decisões que influenciarão diretamente no nosso futuro, e nem sempre estamos preparados para decidir. Aliás, eu diria que quase nunca estamos convictos de uma decisão.

Uma certa pessoa me disse que não existe um destino traçado para cada um, que nós fazemos o nosso destino através das nossas escolhas. E que as escolhas devem ser feitas com todo o cuidado, porque elas representam os parágrafos que formam a história das nossas vidas.

Eu não sei se acredito ou não em destino. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nós temos a maior parcela de responsabilidade sobre o que o futuro nos reserva. Somos uma espécie de autores escrevendo uma história que as vezes foge do nosso controle, mas que depende totalmente de nós para ser bem sucedida.

E assim, continuamos andando rumo a encruzilhadas, ultrapassando os obstáculos no caminho que escolhemos, e continuamos tendo que escolher novos caminhos a percorrer.

Escolher continuar ou mudar, escolher persistir ou esquecer, escolher acreditar ou desconfiar, escolher viver ou assistir a vida acontecer.

A vida é assim, uma sucessão de escolhas.

Que sejamos sempre fortes para afastar as escolhas erradas, que tenhamos bastante discernimento para enxergar o caminho certo e o errado. Que o bom senso nos ajude a tomar as atitudes corretas, e que possamos ser muito felizes, independente dos nossos erros e acertos.

Lívia C.B.

domingo, 12 de junho de 2011

Acho digno.


Este foi mais um 12 de Junho, o dia oficial das flores, chocolates e coisas carinhosas. Ano passado também escrevi sobre O dia dos Pombinhos, leiam! Eu ri muito relembrando.

Nem se eu me esforçar conseguirei escrever algo parecido, até porque hoje sou uma pessoa muito mais reflexiva que engraçada. E o que refletir no dia dos namorados se não sobre os relacionamentos amorosos?

Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. De fato, ele é o mais confuso de todos, somos pré-adolescentes inundados de LH, FHS, testosterona, progesterona e estrógeno. A inexperiência faz com que realidade e fantasia se confundam, e que tudo seja levado na mais alta euforia.

Então o tempo passa, e os amores tornam-se mais "constantes" por assim dizer. Alguns duram uma semana, outros um dia, outros nem isso. Há pessoas que continuam nessa onda por bastante tempo, há pessoas que não se encaixam nessa realidade, que gostam mesmo é de se apaixonar perdidamente.

E para os que se apaixonam de verdade, tudo se complica ainda mais. Porque grandes amores são difíceis na mesma medida que maravilhosos. Trazem muitas alegrias, e trazem também responsabilidades e algumas dorzinhas de cabeça.

Relacionar-se até com a família é difícil, que dirá com alguém que possui outras experiências, outras idéias, outra história de vida, amigos diferentes, gostos diferentes. É necessário ser mestre em jogo de cintura para conseguir levar um namoro com tranqüilidade.

Por isso, aqui vai a minha sincera admiração a vocês pombinhos homenageados neste dia. Que vocês tenham sempre paciência, compreensão, que vocês tenham a criatividade para driblar a rotina e acima de tudo, que vocês tenham muitas alegrias e carinho de sobra!

Acho digno o dia 12 de Junho ainda ser tão importante, quando a idéia do descompromisso é a que impera. Acho digno que o romantismo ainda seja incentivado, mesmo que em um dia só do ano (e mesmo que as lojas lucrem com isso). Acho digno que as pessoas ainda sonhem, se apaixonem e acreditem no amor. Eu acredito!

Feliz Dia dos Namorados!

Até mais, pipocos.

Lívia C.B.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não sei.


http://www.flickr.com/photos/enyouart/

Sabe quando falta algo pra tudo fazer sentido?

É quando, ao olhar para o nada, os olhos enchem d’água, sem motivo. A vontade é de se enfiar debaixo das cobertas e hibernar como um urso no inverno.

Ir para um lugar onde não existem preocupações, fugir de si mesmo e de tudo ao entorno. Gritar, silenciar, correr, ir bem devagar, observar o mundo de longe, como que para por os pensamentos em ordem, sem interrupções. Fazer tudo, e não fazer nada.

É desejar a presença de alguém que traga consolo, palavras de conforto, abraços apertados. E, ao mesmo tempo, querer ficar sozinho nessa confusão de sentimentos, nessa confusão de pensamentos, nessa bagunça infinita.

É sentir-se o mais pequenino e frágil dos seres, é duvidar dos sonhos, das certezas, é temer o futuro e querer mudar o passado.

Nessas horas, questionamos a nossa capacidade, o nosso discernimento, questionamos as nossas ações, com a mais severa das autocríticas.

Eu não sei o que eu quero. Não sei o que espero. Meu repertório de filosofias pessoais esgotou, a minha criatividade sublimou, a minha dignidade está por um fio, e a minha alegria me deixou.

Será que isso é comum em meio às loucuras de final de período, ou eu estou mesmo ficando maluca??

Lívia C.B.

PS.: Bem exagerado esse texto, a situação não está tão crítica assim, ainda... :)