domingo, 11 de julho de 2010

Meia noite, o telefone toca

M._ Alô.
F._ M. eu preciso falar com você, é muito sério, eu não posso mais...
M._ O que aconteceu? Você nunca me ligou assim tão tarde...
F._ Eu não posso mais, não consigo, não sou forte...
M._Fica calma, não chor...
F._ Não! Não tenta me consolar por favor, só escuta tá?
M._ Uhm, certo...
F._ Olha só – Ia ser muito difícil dizer aquilo, mas ela precisava. Não dava mais para fingir, e depois de um suspiro, ela começou - Eu me lembro muito bem das palavras que você me disse aquele dia. Você disse: “Eu tentei gostar de você, eu juro que tentei aprender a te amar, mas o amor não é algo que se aprende.” Quando você disse isso, foi como se meu coração quebrasse em mil pedacinhos, porque eu sabia o que vinha depois... “Não posso continuar te enganando, sim, foi bom, mas não dá mais. Espero não ter te decepcionado.” E meu coração já em mil pedacinhos, virou pó, era como se ele nem batesse no meu peito. Não sabia o que te dizer.
M._ F. a gente não precisa continuar remexendo no passado, isso só te machuca ainda mais!
F._ Eu preciso M., preciso... Então, eu nunca ia te dizer que eu não queria que acabasse, que eu precisava de você, que eu não queria te perder. Eu não podia dizer isso, eu não queria parecer fraca. O que eu respondi foi que não tinha problema, nós continuaríamos sendo amigos como sempre fomos e ponto final. Lembra?
M._ Lembro sim, lembro que me surpreendi com a sua calma e..
F._ É... Aquela calma fingida, como tudo que eu digo e faço perto de você durante esses meses.
M._ Como assim??
F._ Fingimento M., como você acha que eu me senti quando você estava com a B., ahn? Você realmente acha que eu não senti ciúmes? Você realmente acha que eu não morri por dentro? Você acha que me senti bem ao servir de cupido pra vocês, como uma amiga fiel e companheira?
M._ Mas eu só fiquei com ela uma vez e, e...você me disse que tava tudo bem!
F._ Disse, mas não era verdade. Eu te amo, eu sempre te amei, eu nunca deixei de te amar. Eu não sou forte, eu queria ser, mas não sou. Não consigo mais disfarçar e fingir que tudo está bem, porque toda vez que eu te vejo é como se meu mundo desabasse! Eu ainda sonho com você e até esqueço que tudo acabou! Me pego imaginando mil maneiras de te ter de volta, de te roubar um beijo, e até de te fazer sorrir! - E as lágrimas rolavam pela sua face enquanto as palavras saltavam da sua boca sem que ela pudesse evitar, palavras de dor e alívio, e com a voz abafada ela continuou - Por trás de cada gesto seu eu procuro um sinal, por trás de cada olhar eu procuro algum sentimento escondido, sempre quero atenção a mais, carinho a mais, algo a mais. É como se por dentro eu mendigasse a mínima chance de voltar com você. Isso pode ser qualquer coisa, menos amizade.
M._ O que eu faço pra te ajudar? Eu faço qualquer coisa! Não fica assim... Desculpa, eu não queria...
F._ Não tem o que desculpar, não é culpa sua, não é culpa de ninguém... A gente simplesmente não manda nos sentimentos..
M._ Não fica assim... por fav...
F._  Eu preciso me afastar de você tá? Não posso mais me machucar tentando ser sua amiga.
M._ Mas...
F._ Desculpa por tudo, mas eu tenho que deixar de te amar, eu preciso parar de sofrer.
M._ F., se você precisa se afastar pra se sentir melhor, tudo bem. Mas você sabe que pode contar comigo sempre, não sabe? Quer dizer, mesmo que eu não ame você do jeito que você gostaria, eu ainda gosto muito de você e não quero que você sofra. Eu sempre vou ser seu amigo, sempre, mesmo se você nunca conseguir ser só minha amiga.
F._ É só um tempo M., obrigada por me apoiar, obrigada pela sua amizade. E desculpa por ligar um hora dessas. Tenho que desligar.
M._ Fica bem tá?
F._ Tá, já estou bem melhor agora... Até depois...
Túú túú túú túú

Historinha temperada com muuito melodrama, estilo novela mexicana! :P, especialmente para 94ª semana, blorkutando.

Beijos, até mais!

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