terça-feira, 25 de dezembro de 2012

"Que é o Natal? ...

... É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de que cada vida se encha de bençãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve a paz. " Agnes M. Pharo











                                                                Feliz Natal!
fonte: weheartit
Lívia C.B.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Não diga que a vitória esta perdida



Muitas vezes nos defrontaremos com obstáculos que parecerão impossíveis de serem superados, que nos farão sentir fracos e insignificantes diante da vida, que nos darão a falsa impressão de que somos incapazes de realizar um objetivo, um sonho.

Nesses momentos de angústia devemos procurar incansavelmente por aquela força que fica escondida em nós, aquela que muitas vezes nem sabemos existir. Mas ela existe! E cada um tem a sua forma de encontrá-la. Eu, particularmente, acredito no caminho da fé. A fé em Deus, a fé no amor divino, a fé na vida, a fé em si mesmo.

Não é que ela mova montanhas, como diz o ditado, mas da sim, a força que precisamos pra subir a montanha, contorná-la, destruí-la em pedacinhos e o que mais for necessário. A fé é o porto seguro. Ela nos ensina a transformar lágrimas em ensinamentos, medos em coragem, dúvidas em tranquilidade, ansiedade em momentos de paz.

Ela nos ensina que somos mais fortes do que podemos imaginar, que aguentamos muito mais do que pensamos poder suportar. Porque estamos aqui pra viver, e não pra desistir. Embora, desistir seja mais fácil. Claro, ser fraco é mais cômodo que ser forte, mas ser forte sempre será a melhor escolha. A única escolha.

Já dizia Raul Seixas, “Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!”.

Tente outra vez, e mais uma, e mais uma vez, e quantas vezes forem necessárias. Lute até o ultimo segundo. Porque o esforço sempre é recompensado, talvez não no tempo em que esperamos que ele seja recompensado, mas será recompensado, no tempo certo. Tudo tem seu tempo certo.

E se desistirmos de lutar, então, que sentido terá viver? Que sentido terá existir aqui nesse mundo? Porque o sentido de existir na Terra como um ser humano é lutar sempre, é viver intensamente, nunca desistir dos sonhos, ter fé, tentar outra vez, mil vezes, nunca dizer que a vitória esta perdida. Ela nunca estará perdida, e o caminho pra chegar a ela, esta dentro de nós. Basta procurar.

Lívia C.B.

domingo, 4 de novembro de 2012

Pequenos detalhes



Pequenos detalhes não me deixam desistir, eles sussurram no meu ouvido dizendo que eu seria uma boba se não lutasse por aquilo que quero, que seria uma boba se deixasse a vida passar diante dos meus olhos simplesmente.

Os pequenos detalhes me fazem perceber que a minha razão não precisa ir necessariamente contra a minha emoção, as duas podem fazer as pazes de vez em quando, não só podem como devem. E devem fazer isso para que eu possa ser feliz.

Esses detalhes me impedem de esquecer o que não deve ser esquecido, me fazem viver o que deve ser vivido. Eles me ensinam a entender os meus próprios sentimentos e a lidar com eles da melhor forma possível.

É nos pequenos detalhes que encontro as respostas quando não sei o que esperar, quando estou confusa e insegura. Os pequenos detalhes são meu porto seguro. Eles me dizem no que devo acreditar.

Os pequenos detalhes são olhares que sorriem e sorrisos que confortam. São mensagens carinhosas e abraços que protegem. É um "vai ficar tudo bem" que realmente faz ficar tudo bem, mesmo que nada esteja bem. São silêncios que dizem tudo e conversas que alegram mais que tudo. É aquela sensação de que se esta no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa.

Pequenos detalhes são coisas que muitas vezes não podem ser explicadas, ou mesmo enumeradas completamente, são coisas que muitas vezes a gente não entende. E não é porque a gente não entende que se pode fingir que não estão lá.

Os  detalhes não devem ser ignorados nunca. Porque muitas vezes esses pequenos detalhes nos guiam a tomar atitudes que podem fazer a diferença em nossas vidas. Diferença pra melhor. :)

Lívia C.B. 

domingo, 21 de outubro de 2012

Sobre expectativas



Segundo o dicionário, expectativa é uma esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades. Na vida, esse pequeno verbete é muito mais complicado do que parece ser a princípio. As expectativas, especialmente quando exageradas e principalmente quando envolvem sentimentos, podem machucar bastante.

Já dizia o mais famoso poeta e dramaturgo inglês, senhor William Shakespeare: “Não quero pensar, não quero fazer planos, não quero criar expectativas. Quero apenas que os dias passem.”.

Não criar certos tipos de expectativas é abrir as portas para o inesperado. É tornar os momentos felizes mais felizes pelo sabor da surpresa, e tornar os momentos tristes menos tristes pela ausência da decepção. Não criar expectativas impossíveis é ser alegre sem precisar sair da realidade, sem precisar tirar os pés do chão.

Porém, o fato é que esperar acontecimentos futuros (possíveis ou não) faz parte da essência do ser humano. Algumas pessoas fazem mais planos que outras, anseiam mais pela realização de certos objetivos, outras são mais tranquilas. Mas ninguém pode dizer que não espera algo de alguma coisa, ou de alguém.

E esperar alguma coisa de alguém é o caminho mais curto pra frustração. Porque não fomos feitos pra corresponder expectativas de outras pessoas. Temos, sim, responsabilidade com o que esperamos de nós mesmos (e muita!), mas nunca com o que esperam de nós.

Nesse sentido é que as decepções são tão comuns no amor. Amar é sonhar, e sonhar é criar expectativas. E nesse caso, criar expectativas essencialmente em outra pessoa. É impossível não querer que o outro corresponda o sentimento, que o outro sonhe junto, querer carinho e atenção. É utopia dizer que se pode amar sem criar expectativas, sério.

Mas a gente pode controlar as expectativas e impedir que elas nos machuquem, não só no amor, mas em tudo que envolva esperanças. É se basear na realidade, e não em fantasias, pra esperar algo do futuro. É analisar as probabilidades, as chances reais. É sempre evitar depositar expectativas em outra pessoa, e quando isso for inevitável, procurar fazê-lo de forma branda e superficial.

Repare, eu não disse em nenhum momento que não devemos criar expectativas. Na minha opinião, devemos sim criar expectativas, mas somente aquelas que são devidamente embasadas, que são possíveis de ser realizadas, aquelas que nos movem para o sucesso na vida. Essas sim devem ser cultivadas e muito bem cultivadas, para que um dia possamos colher os doces frutos da autorrealização.

Os outros tipos de expectativas, aquelas infundadas e fantasiosas, são barreiras pra nossa felicidade, e barreiras devem ser ultrapassadas, superadas com coragem e determinação, sempre!

Lívia C.B.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

''Então venha comigo...

 ...onde nascem os sonhos, e o tempo nunca é planejado. Basta pensar em coisas alegres, e seu coração vai voar para sempre!"  Peter Pan








                                                                    weheartit

Lívia C.B. Will never grow up!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Talking to the moon,


Sabe aqueles dias em que se quer parar o universo pra poder pensar na vida? Sem interrupções, somente você e a lua belíssima no céu em uma conversa sem fim?

Algumas vezes essas reflexões malucas mostram que a gente não está no caminho certo, outras vezes elas confirmam que as decisões foram tomadas corretamente. De vez em quando elas também podem nos confundir ainda mais, mas de qualquer forma, sempre nos sentimos melhor depois refletir sob a luz do luar.

Precisamos disso,  porque precisamos de tempo. Tempo pra nos afastar daquilo que nos preocupa, pra enxergar aquilo de longe e tentar entender o contexto da situação, tentar entender os sinais, ver onde cada peça se encaixa, pra tentar montar o quebra cabeça. Tempo pra construir uma ideia, pra tomar decisões, pra escolher a melhor conduta, pra olhar o quebra cabeça e formar uma opinião.

Nem sempre vai ser fácil olhar tudo de longe, se desligar, fazer de conta que você não pertence àquela história. Isso será bem difícil na maioria das vezes. Mas é necessário parar para refletir em uma noite qualquer.

Porque depois de tanto refletir, chega um momento em que admirar aquela lua maravilhosa, com toda sua serenidade e imponência, se torna muito mais interessante que divagar sobre qualquer situação. Chega um momento em que toda aquela beleza nos faz sorrir, pura e simplesmente. Mesmo que as preocupações não tenham se resolvido.

E a gente entende que se preocupar é perda de tempo, de energia e de vida! E que na verdade aquilo que nos aflige não é nada em se comparando com a magia de uma lua enorme brilhando no céu. Nunca nenhum problema será maior que todos os milagres que nos rodeiam. 

As vezes você só precisa tentar ser o centro do universo um momento, pra perceber que o universo é muito maior que você. (:

Lívia C.B

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sobre o que acreditamos,



A crença popular diz que o tempo cura tudo. Cura dores, cura medos, cura aflições, cura tristezas, cura dúvidas. Eu digo que o tempo não cura nada, nada, nada. O tempo é insignificante em se comparando com o poder que tem o cérebro humano.

O que quero dizer é que o indivíduo nunca irá superar o que deve ser superado se não quiser que isso aconteça, por mais que passe um milhão de anos. Para superar a dificuldade tem querer de verdade, não só da boca pra fora, não pra se fingir de forte, não pra tentar enganar a si mesmo. Quando queremos ajuda, aí sim o tempo contribui.

A crença popular diz que “água mole pedra dura, tanto bate até que fura”. Sim, persistência é fundamental, persistir em ser forte quando tudo quer te enfraquecer é um ato de coragem, é uma atitude louvável. Mas nem sempre persistir é a melhor escolha. Há uma linha tênue entre não querer desistir, e não querer ir em frente.

Se uma pedra realmente não quer ceder de jeito nenhum, que mal há em procurar outra pedra? Porque não mudar os planos? As pessoas maleáveis, que se adaptam a realidade com tranquilidade, são as mais satisfeitas com a vida.

Todos sempre repetimos o clichê de que tudo vai dar certo no final. É quase um mantra. Vai dar certo, vai dar certo, vai dar certo. Me pergunto, e se não der? E se não terminar bem? Na verdade, a melhor pergunta é, quando é que termina? Aposto que ninguém vai saber responder.

É por isso que a frase de Orson Welles, um cineasta americano da década de 30, é uma das minhas citações preferidas. "Se você quer um final feliz, isso depende, é claro, de onde você para a história."

Se colocarmos as nossas expectativas em uma pespectiva mais ampla, veremos que muitas vezes estamos exigindo resultados de mais, e colocando determinantes em excesso pra nossa própria felicidade. A felicidade não pode ser determinada, ela deve simplesmente existir, apesar dos finais.

Os ditados e os clichês só nos mostram a tendência que o ser humano tem de querer viver com medidas certas, seguras. Viver não é seguir uma receita de bolo, nada é certo. As vezes até o bolo desanda, com receita e tudo!

Não adianta tentar consolidar uma ideia, e fazer com que ela seja completamente verdadeira e aplicável, nunca será. Existem situações diferentes, épocas diferentes, contextos diferentes, e o que dizemos ou acreditamos sempre deverá ser repensado, uma, duas, mil vezes.

No ultimo post eu disse que devemos aprender com a vida sempre, hoje eu digo que devemos não só aprender com a vida, mas também adaptar as nossas crenças de acordo com o nosso próprio amadurecimento. Não é fácil admitir que as nossas filosofias pessoais podem não ser verdades absolutas, não é fácil, mas é necessário.

Lívia C.B.

domingo, 19 de agosto de 2012

A gente aprende,


Que nem tudo é como queremos que seja. Que nem todo esforço é recompensado. Que nem tudo que é errado é punido. Que o perfeito pode não ser real, e que o real nunca é perfeito. Que a vida da muitas voltas, e sempre há uma surpresa para nos tirar do chão seguro, para nos envolver em um mar de incertezas.

A gente aprende que não há como evitar decepções, choros e saudades. Que não adianta tentar se proteger do sofrimento, ele faz parte da vida, é necessário. E é sofrendo que aprendemos a dar valor nas alegrias. Aprendemos que tudo tem o seu tempo certo, e que cada pessoa tem seu próprio tempo, seu próprio espaço.

A gente aprende que o respeito e a educação são as maiores virtudes de um ser humano, que cada ser humano é único, e aí está a beleza da vida. Aprendemos que nem sempre o caminho escolhido é como pensávamos que seria, mas que nem por isso precisamos desistir de ir em frente, lutar e vencer cada obstáculo.

A gente aprende que o amor pode doer, e que quando dói, dói muito! Aprendemos também que por mais que o amor doa sempre vamos procurá-lo, e sempre vamos acreditar que “dessa vez” talvez seja diferente. Aprendemos que amar independe da nossa vontade, que é impossível trancar o coração a sete chaves e obriga-lo a hibernar por tempo indeterminado, porque ele é rebelde, nunca será domesticado.

A gente aprende que o sucesso de amanhã depende de tudo que somos hoje, e que não se pode viver pensando apenas em aproveitar o momento presente. Tudo deve ter um equilibrio, e escolhas difíceis sempre terão que ser tomadas em favor do futuro. Aprendemos que mágoas são pesos desnecessários na bagagem da vida, e que fazer alguém feliz é a melhor felicidade do mundo.

A gente aprende que a família é sagrada, que a fé é algo divino, e que acreditar em Deus é a forma mais bela de enxergar o mundo e de entender o milagre que é viver. Aprendemos a agradecer todos os dias pela dádiva de existir.

E por fim, a gente aprende que o aprendizado nunca tem um fim. Cada dia é uma nova experiência, uma nova perspectiva, um modo diferente de ver as coisas. As pessoas sempre trazem pra nós um mundo de descobertas, de ideias, de ideais. A vida é dinâmica, e a gente tem que aprender com ela, sempre.

Lívia C.B.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Reflexões Semiológicas,



Anamnese. Uma história, a história do paciente e da doença. A história que deve ser contada e confiada, embasada em uma relação médico-paciente sólida de bastante confiança mútua. Perguntas, muitas perguntas. Investigação. O que ele tem? O que há por trás de tantos sintomas desencontrados?

Vocabulário médico, Deus do céu! Pirose, Sialose, Epistaxe, Hematemese, Hemoptise, Xantopsia, Iantopsia, Diplopia, Oligúria, Anúria, Astenia, Disfagia, Otorragia, AAAAH!!!! Quantos nomes pra minha cabecinha pequena gravar. Nomes técnicos em uma história cronológica, sem furos, sem informações inúteis. Objetiva e prática.

Exame físico. Inspeção, Palpação, Percussão, Ausculta. Tudo! Dos fios de cabelo aos dedos dos pés. Nada pode fugir. Se é dor... É Nonciseptiva, Neuropática, Mista ou Psicogênica? É Somática, Visceral, Referida e/ou Irradiada? Onde? Quando? Em escala de 1 a 10, que número o senhor daria? Fatores de alívio? Fatores agravantes?

Se é dispnéia, é inspiratória ou expiratória? Vem acompanhada de dor torácica? Tosse Produtiva? Improdutiva? A respiração melhora em ortostática? Piora em decúbito dorsal? E os estertores, roncos e sibilos? O paciente tem anemia? Tem alterações neuromusculares? Doença coronariana? É fumante?

Uma mente investigativa, curiosa, observadora, detalhista e rápida. É isso que a semiologia quer, assim é uma mente médica, é assim que minha mente deve ser. Deve, mas não é. Minha mente não passa de uma mente pseudo-médica bastante desequilibrada, tonta com tantas informações, já cansada na segunda semana de aula, e assustada com essa tal de medicina.

Semiologia médica, é o que tem pra hoje no Pulo de Pipoca. Não é nem de longe um texto poético e emotivo, mas é só o que ocupa meu cérebro. Ocupa TODO o meu cérebro, e ele precisa trabalhar, agora mesmo!

Lívia C.B.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

As palavras, em mim, são eternas;



o que é eterno em você?

As palavras sempre me ajudaram nos momentos mais difíceis. Elas surgem como se tivessem vida própria, e trazem em cada letra pedacinhos de sentimentos que antes sufocavam meu coração.

Transformar as emoções em textos é um grande alívio, mas é um alívio que requer muito tempo e uma mente livre pra imaginar, para se concentrar. E cada vez é mais difícil ser assim tão livre e tão subjetiva, quando tudo que aprendo me força a ser objetiva, pratica e rápida.

É ver, ler e memorizar pra depois lembrar e agir. Em segundos. Porque a vida não me dará tempo de refletir, divagar sobre os porquês, sobre passarinhos no céu e fantasias infantis. A realidade não me dará chance de aliviar meu coração em palavras sempre que eu precisar.

E assim mergulho em mim mesma e continuo a girar e girar em torno de indagações. São perguntas sobre se ainda serei eu mesma quando tudo mudar, se as coisas que gosto de fazer irão combinar com a pessoa que eu pretendo ser.

Mas sabe, a algum tempo conheci uma certa menina que me ensinou a viver intensamente, ela me ensinou que tudo que eu desejo, sonho, sinto ou penso deve ser eterno. Não eterno para o mundo, mas eterno pra mim mesma. Por um acaso a conheci, porque já fui essa menina.

Eu sei também que ela costumava se esconder atrás das palavras por medo de encarar os seus sentimentos. Mas ela cresceu e não se esconde mais. Hoje ela apenas usa as palavras como uma forma de entender a si mesma, e tornar tudo a sua volta mais intenso, mais real e eterno.

Ela precisa disso. Eu preciso. E essa pessoa que eu pretendo ser também vai precisar. Não há distinção entre passado, presente e futuro quando se trata de ser alguém, de ser humano, de simplesmente ser.

Talvez com o tempo eu realmente perca um pouco da fantasia, do encanto, do tempo dedicado à escrita. Mas isso não quer dizer que eu deva parar. E também não quer dizer que serei menos feliz. Só quer dizer que irei amadurecer, e isso com certeza será devidamente registrado em palavras. Provavelmente escritas de forma diferente, mas ainda serão minhas palavras.

Porque a realidade a nossa volta é tudo menos imutável, e as mudanças nos fazem passar por momentos de dúvida, de insegurança. Nós amadurecemos com isso, mas nunca, nunca deixamos de ser quem realmente somos. 

Por isso é importante encontrar algo imutável em nós mesmos, algo que nos acompanhará por toda a vida, algo que seja eterno, não necessariamente eterno para o mundo, mas eterno em nosso ser.

Lívia C.B.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do Amigo



“A glória da amizade não é apenas a mão estendida, o sorriso carinhoso, ou a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.” Ralph Waldo Emerson

Todos os dias são dias de lembrar e cuidar dos amigos. Dia 20 de Julho é especial, é dia não só de lembrar e cuidar, mas de refletir sobre a importância das nossas amizades e reconhecer que não seriamos quem somos sem esses presentes de Deus em nossas vidas.

Presentes que estão sempre ao nosso lado, por anos e anos, secando nossas lágrimas, empurrando contra os medos, sorrindo simplesmente. Falando besteiras, bebendo coca-cola, litros de coca-cola, sem medo de engordar. Presentes que escutam, mas que falam também e aconselham, mesmo sabendo que os conselhos não serão exatamente seguidos.

São pra eles que corremos quando tudo parece dar errado, porque quando não encontramos solução, eles encontram, sempre encontram. E quando a angústia aperta no peito, eles estão lá ao lado para nos curar com um abraço apertado, ou confortar com uma mensagem carinhosa.

Distância? Ela não é problema, porque esses presentinhos conseguem se fazer presentes mesmo a milhares de quilômetros. Não existe distância que afaste corações unidos. Isso é clichê, verdade. Mas amizade é clichê e amigos não se importam em serem clichês, não se importam se estão sendo ridículos ou se estão falando coisas sem sentido.  Não há com o que se preocupar, já que todos vão rir depois da piada sem graça, nem que seja rir da risada um do outro.

Amigos de verdade não se deixam abalar pelas discussões nos trabalhos de patologia, e se consolam depois de uma prova sinistra, de uma nota desesperadora, ou de uma aula infinita. Amigos discutem seus relacionamentos amorosos em alto e bom som comendo coxinha e bebendo suco de laranja na cantina, sem medo de serem felizes. E juntos se apoiam em todos os obstáculos, para juntos realizarem um grande sonho.

Existem amigos tão especiais que somente vê-los já nos faz sorrir, e que apenas com uma conversa conseguem tirar todo o peso das nossas costas, como num passe de mágica. Alguns amigos disponibilizam suas casas para os outros chorarem, e isso é muita generosidade (obrigada!). Certos amigos se beijam de vez em quando e ficam meio confusos, mas tudo se ajeita. Porque no fim das contas amigos são amigos, apesar dos beijinhos.

E nesse dia tão especial, eu agradeço aos meus queridos por me aturarem com as minhas chatices e frescurites. Agradeço por confiarem e acreditarem em mim, e por me fazerem acreditar em mim mesma.  Agradeço por todas as conversas, conselhos, encorajamentos, bagunças, estudos, trabalhos, festinhas, cinemas, tardes de risadas, os dias de sol, os dias de chuva, as viagens, e todas as histórias que tenho pra contar.

Obrigada por fazerem parte da minha vida, e claro, obrigada por me fazerem feliz!

Lívia C.B.

sábado, 23 de junho de 2012

Heart vs. Head


                                            You have a decision to make.

Paradoxo, contradição, contra senso, incoerência, divergência, indecisão. São substantivos que dominam completamente o cérebro de todos nós, em qualquer época, nas mais diversas situações.

Há muito tempo me pergunto o porquê de sermos tão confusos, tão indecisos. Porque é tão difícil tomar uma decisão e persistir nela? Porque é tão difícil entender o contexto, entender os outros, e principalmente, entender a si mesmo? Porque o simples tende a se tornar complicado e o complicado a se tornar impossível?

O fato é que vivemos um conflito interno constante entre o que queremos e o que sabemos ser o certo. A sabedoria popular diz que o coração e a cabeça não se dão muito bem. O grande escritor Augusto Cury diz que a mente humana é como o pêndulo de um relógio que flutua entre a razão e a emoção, e diz ainda que devemos tomar cuidado com os desvios desse pêndulo.

Acredito de verdade que somos tão indecisos e confusos porque não conseguimos chegar ao equilíbrio entre a nossa razão e a nossa emoção. O pêndulo desvia a direção, e nem se quer percebemos que algo mudou em nossa mente. Não é uma questão de imaturidade, é apenas a dificuldade natural de organizar os pensamentos e os sentimentos.

Isso é especialmente complexo quando a razão diz o que a emoção não quer ouvir. E é aí que os problemas acontecem. A razão pensa, a emoção não.  A razão decide, a emoção confronta. A razão explica, a emoção não aceita. E no fim desse angustiante cabo de guerra, a emoção quase sempre vence. Algumas vezes isso é bom pra nós, muitas vezes não é.

Realmente não sei como conseguir o equilíbrio. Até porque, sou o oposto de qualquer coisa que possa envolver equilíbrio. Vou do extremo da razão ao extremo da emoção em milésimos de segundo, é impressionante. Meu pêndulo não desvia de direção, ele da um giro de 360 graus seguido de um mortal pra trás e termina plantando bananeira.

Mas sabe, talvez encontrar esse equilíbrio seja sim uma missão impossível, não só pra uma pessoa maluca como eu, mas pra todos nós. Apesar disso, acho interessante começar a compreender como funciona a nossa mente, como agimos, como sentimos. Penso que quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais fácil é controlar os impulsos e discernir os momentos certos de seguir a razão, ou a emoção.

Ninguém precisa ser totalmente equilibrado, mas precisamos ter o controle da nossa razão pelo menos na medida de reconhecer o caminho errado, e o controle da nossa emoção pelo menos na medida de não tomar o caminho errado. Porque no fim, conseguir evitar uma decepção ou um arrependimento já é uma grande vitória.

Lívia C.B.

domingo, 10 de junho de 2012

difícil não é lutar por aquilo que se quer,



É terrível abdicar de algo que nos faria feliz, mas muitas vezes as circunstâncias impedem que aconteça aquilo que queremos e ninguém pode ser culpado por isso, porque a realidade simplesmente é assim, são os fatos, é a vida.

A vida mostra que quando somos “gente grande” temos que tomar decisões e definir prioridades. E as prioridades geralmente dificultam os nossos relacionamentos, qualquer tipo de relacionamento. Infelizmente.

E um relacionamento que passa de somente amizade é muito vulnerável, especialmente quando começa em meio a milhares de outras prioridades. Especialmente quando os envolvidos não tem tempo pra dedicar-se um ao outro.

É importante perceber a hora de parar de tentar, porque é inútil investir forças em uma luta que já começou sem chances reais de vitória. O que não quer dizer que a intenção não tenha valido a pena, claro que a intenção vale, e vale muito! Mas não é só de intenção que se constrói um amor.

Vai doer, vai chorar, vai sentir falta. Sentir falta não só do que foi, mas também do que poderia ter sido. Especialmente do que poderia ter sido. Mas fazer o quê? Se consolar com o fato de que ainda pode acontecer, um dia talvez, provavelmente, possivelmente. Quem adivinha o futuro?

O que sabemos é que agora não é hora. Não é hora de trazer mais confusão pras nossas vidas já tão bagunçadas. Não é hora de se preocupar com sentimentos, e sim com livros, muitos livros.

Talvez tudo o que eu disse vá completamente na contra mão do que dizem as minhas filosofias pessoais, é verdade. Eu sempre digo para aproveitarmos as chances que a vida nos dá, que devemos valorizar os sentimentos e fazer tudo valer a pena. Mas a vida real não se dá tão bem com filosofias quanto palavras postadas em um blog. Infelizmente.

Apesar disso, felizmente a vida real ainda nos deixa preservar os amigos, e quando somos adultos temos o dever de não deixar essas pequeninas confusões afetarem as nossas amizades. Porque elas são preciosas, e devem estar acima de tudo! Acima até de uma possibilidade de relacionamento amoroso frustrada.

Sabe, Bob Marley disse um dia que difícil não é lutar por aquilo que se quer e sim desistir daquilo que se mais ama. Hoje eu vejo o quanto ele tem razão. 


Lívia C.B.  - disculpa pipoco. :(

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Good memories



Ser humano é ser imperfeito, é cometer erros. Muitos erros, todos os dias. São erros de comunicação, erros de interpretação, erros de comportamento, erros em relacionamentos. Mas talvez o nosso maior erro seja acreditar que nada pode nos abalar, é sentir que nós e todos a nosso volta estão imunes a qualquer fatalidade.

É sempre um choque quando a vida nos mostra o quanto somos errados em nossos sentimentos de superioridade. É como se a razão caísse com toda força sobre nós, trazendo a tona essa insegurança que tanto tentamos esconder de nós mesmos.

A insegurança que é “estar vivo” sabendo que a qualquer momento isso pode mudar, não só pra nós, mas também, e principalmente, pras pessoas que amamos. Se é simplesmente insuportável imaginar a dor que sentiríamos com a perda de alguém querido, imagina como é perder realmente alguém que amamos.

É tão claro, tão óbvio que a morte faz parte da vida. E mesmo assim, é tão difícil aceitá-la como um evento natural, tão difícil acreditar que ela um dia chegará a nós.

Somos humanos, somos imperfeitos por natureza. Temos necessidade de expressar o nosso amor fisicamente, como se o amor fosse ligado a matéria. Não. O amor transcende a metéria, e transcende qualquer tipo de energia e até mesmo ao tempo. O amor não precisa da presença, ele só precisa de alguém disposto a amar, apesar das distâncias, apesar das diferenças, apesar da morte.

Quando entendemos isso, o fim da vida não parece mais tão injusto ou angustiante. Conseguimos entender a morte como o caminho de todos nós.  O problema é que somos humanos. Não é da nossa natureza entender o amor e suportar a ausências com naturalidade, simplesmente somos assim. Somos Imperfeitos.

E sendo assim, seres tão errantes, o melhor que podemos fazer é viver intensamente sempre. É não desperdiçar chances, é não deixar de aproveitar momentos felizes por razões supérfluas, é ter a coragem de amar e de ser amado, de rir, de esquecer os problemas um segundo e cuidar daqueles que nos fazem felizes.

Porque no fim as boas lembranças serão o nosso maior consolo. As boas lembranças nos farão eternos, eternos no amor de todos os que no rodeiam. Elas mostrarão que a vida foi vivida e foi valorizada. Elas mostrarão que a vida valeu a pena.

I wanna leave my footprints on the sands of time 
Know there was something there 
And something that I left behind 
When I leave this world, I'll leave no regrets 
Leave something to remember, so they won't forget 
I was here, I lived, I loved, I was here. 
                                           I was here - Beyoncé
Lívia C.B.

domingo, 15 de abril de 2012

Uma vez ou outra



Algumas pessoas estarão em nossas vidas por muito tempo, e farão muita diferença. Outras, por mais que convivam conosco diariamente, sempre serão coadjuvantes na nossa história. Há ainda aqueles que passam de relance e não deixam uma lembrança se quer.

Uma vez ou outra, apenas, alguém pode entrar nas nossas vidas e mudar totalmente o nosso jeito de pensar. Pode até mesmo mudar o jeito como avaliamos a nosso passado, presente e futuro.

Talvez esse alguém nem perceba o quanto foi importante pra nós. Talvez nem perceba que deixou marcas tão profundas quanto um oceano.

E quando as marcas são tão profundas, aquele silêncio é um sufoco. O silêncio em que, ao mesmo tempo, se diz tudo o que não tem importância e se esconde tudo o que realmente deveria ser dito.

É uma tortura se calar quando alguém trás de volta o sorriso que pensávamos ter perdido. É angustiante não poder agradecer quando alguém nos mostra que podemos recomeçar e que podemos ser felizes apesar das decepções.

Alguém tão especial não deveria ficar sem saber o quanto fez a diferença.  Não é correto e não é justo deixar que marcas profundas fiquem escondidas pelo silêncio. Por aquele silêncio.

Se uma vez alguém te fizer voltar a acreditar no amor, não deixe de dizer o que deve ser dito por medo, ou por timidez. Não espere outra chance, outra vez.

Porque era uma vez. E a outra vez é aqui, é agora.

Lívia C.B. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

palavras bonitas,


                                      para alguém que nunca soube o que ela realmente sentia.

Quando sentir medo, não se preocupe, estarei ao seu lado para te proteger e segurar sua mão.

Quando se decepcionar, não deixarei você ficar triste, nem por um momento, nem por um segundo se quer. Porque sei exatamente o que dizer para te fazer sorrir.

Quando quiser desistir, te mostrarei o quanto é forte. Você pode até não acreditar em si mesmo, mas eu acredito. Nunca te deixarei cair.

Quando se sentir sozinho, te abraçarei infinitamente, e você terá a certeza de que nunca haverá solidão na sua vida enquanto eu existir.

Quando quiser ficar sozinho, irei embora. Todos precisam de um tempo e de espaço, sei disso. Mas não espere que eu fique longe por muito tempo, porque não ficarei!

Quando tiver dúvidas, não te direi o que fazer. Mas apoiarei tudo o que decidir. Porque confio em você.

Vou dizer que te amo. Muitas e muitas vezes. Não é insegurança, é só que do contrário meu coração explodiria!

Vou sentir ciúmes. Mas se for ciúme bobo pode ter certeza que vou guardá-lo escondidinho só pra mim.

Vou te escrever cartas. Muitas cartas. Adoro escrever cartas, principalmente se elas forem para você.

Algumas vezes vou chorar. Até sem motivo algum. Você não precisa dizer nada, apenas me abrace bem forte e entenderei que não há motivos para chorar.

Todos os dias e todas as noites sonharei com você, pensarei em você, lembrarei de você.

Sempre, sempre, sempre, meu coração acelerará quando você se aproximar. Porque te amo! Não consigo evitar, não consigo esconder, não consigo fugir!

Me promete só uma coisa, ta?

Que você um dia vai deixar eu te dizer tudo isso, que um dia você vai perceber que sente o mesmo por mim. Não importa quanto tempo demore, me promete só que um dia esse dia vai chegar.

Lívia C.B.
Texto antigo, antigo.. da minha época romântica :)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Passarinhos no céu



“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” Cecília Meireles

Teoricamente liberdade pode ser entendida como ausência de submissão. Pode ser entendida também como o livre direito de ir e vir, ou direito de ter opiniões próprias sem pré-julgamento ou pré-conceito. Liberdade inclui respeitar e ser respeitado, ouvir e ser ouvido. E, antes de tudo, relaciona-se com um sentimento de harmonia plena.

E é por fundamentalmente relacionar-se com sentimentos que a liberdade não pode ser entendida teoricamente. Ela deve ser respirada, como o ar que nos mantém vivos dia após dia. E talvez ela seja mesmo tão importante quanto o oxigênio, mas não de uma forma fisiológica, e sim em uma perspectiva puramente emocional.

Nesse aspecto as crianças dão uma verdadeira lição de como entender a liberdade. Porque apesar de serem muito dependentes, elas são as criaturinhas humanas mais livres do mundo. Livres para imaginar, criar, brincar. Livres para ser super heróis, lideres mundiais, rainhas e reis, princesas e guerreiros.

As crianças nos ensinam que liberdade é deitar na grama, olhar para o céu, e querer voar como os pássaros! Ensinam que liberdade é ter a certeza de poder contar todas as estrelas da noite. Porque desejar o impossível sem pensar no que pode dar errado é a essência de qualquer mente livre.

Um mundo sem amarras, sem restrições, sem normas e regras chatas poderia ser um caos. Mas um ser humano sem barreiras em sua mente só pode ser brilhante! Um adulto que trás em si um pouquinho da criança que foi um dia, vivendo realmente aquela liberdade infantil, é um adulto espetacular.

Por isso, por mais que seja necessário crescer e amadurecer, por mais que muitas vezes tenhamos que abdicar de coisas que nos fazem felizes em prol de um objetivo de gente grande, devemos preservar SEMPRE a nossa liberdade. Não ter medo de sorrir, de errar ou de voar como os pássaros.

Se quisermos ser livres de verdade saberemos desprender as nossas amarrar mentais para assim sentir a harmonia plena que só essa liberdade pode nos mostrar, em qualquer idade.

Porque independentemente de sermos gente grande ou não, sempre haverá estrelas no céu para serem admiradas, sempre haverá passarinhos voando por entre as nuvens, sempre haverá desejos impossíveis para serem almejados. Basta ter a coragem de se libertar.

Lívia C.B. - quer ser livre, sempre.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mulheres e Encantos


                    A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto. Coelho Neto

Segundo o escritor parnasiano, mulheres são enigmas a serem decifrados. Segundo a medicina, mulheres são indivíduos de anatomia complicada e fisiologia ainda mais complicada. Segundo a psicologia, mulheres são criaturas de mentes confusas e comportamentos imprevisíveis.

Até mesmo as próprias se vêem como a personificação da confusão e da complicação. Não é fácil ser mulher, e todos já ouvimos aquelas velhas justificativas clichês para esse fato: Depilação, menstruação, cólica, gravidez, parto, enfim.

Sim, os clichês são totalmente válidos, mas não são eles que justificam realmente as dificuldades de uma mulher. A maior fragilidade dessas criaturas complicadas são os seus sentimentos, a extrema confiança no sexo oposto, a necessidade de justificar por si mesma o erro dos outros, a grande facilidade de se envolver emocionalmente e a gigantesca dificuldade de não se importar com quem merece a indiferença.

Mulheres vivem em extremos. Ora são muito seguras, ora são inseguras demais. As vezes confiam tanto a ponto de se decepcionarem, outras vezes confiam tão pouco que se sufocam com o próprio ciúme. O bom humor delas é contagiante, o mau humor, sai de perto! Podem ser muito, muito carinhosas quando amam, mas extremamente rancorosas e maldosas quando odeiam. Aliás, a linha entre amor e ódio é bastante tênue.

É muito difícil encontrar uma mulher totalmente equilibrada, que não viva pelo menos um exemplo de extremos em sua vida. Assim como é quase impossível encontrar uma mulher que não tenha sofrido por um homem que não merecia um pingo de seu amor. Esta aí outra das fragilidades femininas, a imensa capacidade de se apaixonar pelo cara errado, e sofrer.

É difícil viver nessa eterna confusão de sentimentos, é difícil ser instintivamente protetora, é difícil se preocupar com mil e uma coisas ao mesmo tempo, é difícil ter que se preocupar com a beleza ao mesmo tempo em que se preocupa com mil coisas ao mesmo tempo.

Mas sabe de uma coisa? Talvez as fragilidades femininas sejam aquilo que realmente as tornam especiais. Porque essas fraquezas de certo modo são pequenas consequências das maiores qualidades de uma mulher. A capacidade de se entregar, de sonhar, de amar, de viver tudo intensamente. Intensa... É um adjetivo que definiria bem qualquer mulher.

Nunca acreditei nessa história de que homens e mulheres podem ser classificados e tachados por características específicas e imutáveis. Acredito que cada ser humano é único independentemente do sexo. Mas acredito sim que as mulheres são verdadeiros enigmas a serem decifrados. Não há como negar, entre os dois gêneros, elas são as mais imprevisíveis.

Acredito que o maior privilégio de uma mulher é ter em sua vida um homem afetuoso a decifrá-la pacientemente, um pouquinho a cada dia. E por fim, acredito que a maior felicidade de um homem é ter uma mulher complicadinha ao seu lado, com toda a sua capacidade de viver intensamente e principalmente, com todos os seus encantos.

Lívia C.B.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Senhorita Saudade



Há um momento na vida em que tudo vira de ponta a cabeça e quase tudo é incerto. Digo quase, porque há uma única certeza. A certeza de que os amigos irão para longe, de que a realidade será diferente, aquela dura certeza da saudade.

Esse momento caótico passa, como tudo na vida passa, e então vem um período de adaptação, onde conhecemos novas pessoas, novas ideias, novos lugares, uma nova rotina que pode se mostrar até mesmo melhor que a antiga.

Nos adaptamos, e então tudo parece calmo novamente. Sabemos que aqueles novos amigos estarão lá por algum tempo, e que as amizades serão um porto seguro frente a todo obstáculo que vier. Nos sentimos seguros, como se mais nada pudesse nos abalar.

No entanto, o sentimento de segurança é facilmente abalado. A saudade sempre aparece novamente para nos mostrar o quanto ela é doída, o quanto ela faz sofrer. E a vida sempre nos mostra que não existe calmaria nesse mundo.

E assim, a senhorita saudade pode tirar de nós aquela realidade que tanto nos confortava, aquele novo amigo que tanto nos alegrava, e ela pode até nos fazer chorar inconformados por aquilo que estamos perdendo.

Sim, é doloroso saber que nada nessa vida é inabalável. É muito triste quando alguém que amamos vai pra longe. Mas a senhorita saudade não pode tirar de nós o sentimento, o carinho, o afeto. Ela pode nos tirar a convivência, mas não a amizade.

Por isso, por mais que seu mundo vire mil vezes de ponta a cabeça, confie que ele vai se endireitar. Por mais que a distância apavore, enfrente-a!

Sabe por quê?

Porque o que senhorita saudade tem de má, a senhorita amizade tem de perseverante, e a perseverança sempre vence. Sempre!

Lívia C.B.

Je, eu vou sentir muito, muito, muito a sua falta fofinha! Obrigada por ter sido essa amiga tão querida nesse ano que passou, e não importa o que aconteça, a distância não vai nos afastar e a saudade não vai nos entristecer ok? A nossa amizade sempre vai ser mais forte que ela. Fica bem, e conte sempre comigo! 
Li.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E se...



De modo geral não é novidade quando digo que a vida é maravilhosa. Realmente enxergo o fato de existir como um verdadeiro milagre, um milagre que me surpreende sempre.

Mas algumas coisas na vida me fascinam de forma especial. São detalhes que me inspiram. Admiro, por exemplo, o poder que o ser humano tem de ser bom, e admiro cada um dos sentimentos bonitos que são próprios de nós, os bípedes de cérebro cinzento.

Acho incrível a criatividade humana, as artes, música, teatro, o cinema. E as diferenças também me encantam, as distintas culturas do Ocidente ao Oriente, as diferentes aparências, os diferentes modos de agir e pensar. Tudo isso me faz amar a vida.

E é por amar a vida, que amo mais ainda o poder de escolher os caminhos que devo seguir. É estranho pensar que toda a nossa história estaria escrita em algum lugar ou que fosse programada de alguma forma. Por isso, a maior beleza de viver está na liberdade que temos de fazer da vida o que gostaríamos que ela fosse, ou ao menos algo parecido com o que gostaríamos.

Porém, a liberdade de escolha apenas seria perfeita se não existisse o fantasminha do “E se” para nos assombrar. Porque até mesmo quando tomamos uma decisão acertada, ele sempre está lá para nos confundir e angustiar. E se eu tivesse dito sim, o que aconteceria? E se eu tivesse ido embora? E se eu tivesse desistido? E se eu tivesse continuado?

São as dúvidas que nos acompanharão eternamente. São perguntas que nunca terão respostas. Nenhuma questão que começa com um ”E se” pode ser respondida com certeza. Então aqui vai mais uma das minhas filosofias pessoais, nunca faça a si mesmo perguntas que se comecem com um “E se”, nunca! Leu bem? NUNCA!

E sabe por quê? Porque a vida é tão impressionante que não vale a pena desperdiçar tempo e vitalidade mental em perguntas como essas. Apenas concentre-se em questionamentos que agucem a sua criatividade, aumentem a sua inteligência, e iluminem a sua alma!

Além disso, o fato de viver é tão grandioso que qualquer escolha ruim se torna insignificante. Ainda mais quando percebemos que depois de uma escolha sempre haverá outra, e outra, e no fim poderemos compensar aquilo que não foi tão acertado. Outras chances sempre virão para aqueles que estão atentos a procurá-las.

Em fim, quando for necessário escolher, pense. Pense uma vez, duas vezes, mil vezes. Decida, e continue, sem questionar o que poderia ter acontecido ou não acontecido se a outra alternativa fosse escolhida. Não deixe o “E se” te perseguir. Ele não é saudável para o milagre que é a sua existência.

Lívia C.B.