You have a decision to make.
Paradoxo, contradição, contra
senso, incoerência, divergência, indecisão. São substantivos que dominam
completamente o cérebro de todos nós, em qualquer época, nas mais diversas
situações.
Há muito tempo me pergunto o
porquê de sermos tão confusos, tão indecisos. Porque é tão difícil tomar uma
decisão e persistir nela? Porque é tão difícil entender o contexto, entender os
outros, e principalmente, entender a si mesmo? Porque o simples tende a se
tornar complicado e o complicado a se tornar impossível?
O fato é que vivemos um
conflito interno constante entre o que queremos e o que sabemos ser o certo. A
sabedoria popular diz que o coração e a cabeça não se dão muito bem. O grande
escritor Augusto Cury diz que a mente humana é como o pêndulo de um relógio que
flutua entre a razão e a emoção, e diz ainda que devemos tomar cuidado com os
desvios desse pêndulo.
Acredito de verdade que somos tão
indecisos e confusos porque não conseguimos chegar ao equilíbrio entre a nossa
razão e a nossa emoção. O pêndulo desvia a direção, e nem se quer percebemos
que algo mudou em nossa mente. Não é uma questão de imaturidade, é apenas a
dificuldade natural de organizar os pensamentos e os sentimentos.
Isso é especialmente complexo
quando a razão diz o que a emoção não quer ouvir. E é aí que os problemas
acontecem. A razão pensa, a emoção não.
A razão decide, a emoção confronta. A razão explica, a emoção não
aceita. E no fim desse angustiante cabo de guerra, a emoção quase sempre vence.
Algumas vezes isso é bom pra nós, muitas vezes não é.
Realmente não sei como conseguir o
equilíbrio. Até porque, sou o oposto de qualquer coisa que possa envolver
equilíbrio. Vou do extremo da razão ao extremo da emoção em milésimos de
segundo, é impressionante. Meu pêndulo não desvia de direção, ele da um giro de
360 graus seguido de um mortal pra trás e termina plantando bananeira.
Mas sabe, talvez encontrar esse
equilíbrio seja sim uma missão impossível, não só pra uma pessoa maluca como
eu, mas pra todos nós. Apesar disso, acho interessante começar a compreender
como funciona a nossa mente, como agimos, como sentimos. Penso que quanto mais
conhecemos a nós mesmos, mais fácil é controlar os impulsos e discernir os
momentos certos de seguir a razão, ou a emoção.
Ninguém precisa ser totalmente
equilibrado, mas precisamos ter o controle da nossa razão pelo menos na medida
de reconhecer o caminho errado, e o controle da nossa emoção pelo menos na
medida de não tomar o caminho errado. Porque no fim, conseguir evitar uma decepção ou um arrependimento
já é uma grande vitória.
Lívia C.B.
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