quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Reflexões Semiológicas,



Anamnese. Uma história, a história do paciente e da doença. A história que deve ser contada e confiada, embasada em uma relação médico-paciente sólida de bastante confiança mútua. Perguntas, muitas perguntas. Investigação. O que ele tem? O que há por trás de tantos sintomas desencontrados?

Vocabulário médico, Deus do céu! Pirose, Sialose, Epistaxe, Hematemese, Hemoptise, Xantopsia, Iantopsia, Diplopia, Oligúria, Anúria, Astenia, Disfagia, Otorragia, AAAAH!!!! Quantos nomes pra minha cabecinha pequena gravar. Nomes técnicos em uma história cronológica, sem furos, sem informações inúteis. Objetiva e prática.

Exame físico. Inspeção, Palpação, Percussão, Ausculta. Tudo! Dos fios de cabelo aos dedos dos pés. Nada pode fugir. Se é dor... É Nonciseptiva, Neuropática, Mista ou Psicogênica? É Somática, Visceral, Referida e/ou Irradiada? Onde? Quando? Em escala de 1 a 10, que número o senhor daria? Fatores de alívio? Fatores agravantes?

Se é dispnéia, é inspiratória ou expiratória? Vem acompanhada de dor torácica? Tosse Produtiva? Improdutiva? A respiração melhora em ortostática? Piora em decúbito dorsal? E os estertores, roncos e sibilos? O paciente tem anemia? Tem alterações neuromusculares? Doença coronariana? É fumante?

Uma mente investigativa, curiosa, observadora, detalhista e rápida. É isso que a semiologia quer, assim é uma mente médica, é assim que minha mente deve ser. Deve, mas não é. Minha mente não passa de uma mente pseudo-médica bastante desequilibrada, tonta com tantas informações, já cansada na segunda semana de aula, e assustada com essa tal de medicina.

Semiologia médica, é o que tem pra hoje no Pulo de Pipoca. Não é nem de longe um texto poético e emotivo, mas é só o que ocupa meu cérebro. Ocupa TODO o meu cérebro, e ele precisa trabalhar, agora mesmo!

Lívia C.B.

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