Nunca pensei que um sapato fosse me causar tantos problemas. O fim de semana passado foi ansiosamente esperado por todos da minha turma. Era a divina, magnífica festa de quinze anos da Lú. Expectativas a mil! Claro, era impossível impedir aquelas baboseiras de valsa, cerimonial, jantar (comida chique que nem enche), bla bla.. Mas a boate depois, com certeza ia bombar! Isso sem falar que o meu ficante/namorado (?) ia estar lá e eu precisava estar lindíssima.
Achar o vestido perfeito foi uma verdadeira maratona. No fim, comprei mesmo um pretinho básico, o sapato é que ia destacar e tinha que ser aquele peep toe rosa choque da minha prima.
No dia da festa logo de manhã bem cedinho fui ao salão fazer as unhas, escovar o cabelo, depilar, enfim, tudo que tinha direito. Cheguei em casa, almocei e fui dormir a tarde inteira para descansar minha beleza. Acordei as seis da tarde, lanchei, assisti televisão e lá estava Gisele Büdchen arrasando com um sapato colorido. Ahhn? Sapato? Eu tinha esquecido de buscar na casa da minha prima! Eu, a apenas duas horas para a festa, sozinha em casa, sem dinheiro para táxi e sem o sapato! Maravilha.
Sabe aquela caixinha das economias secretas da sua irmã? Aquela que ela não deixa ninguém nem olhar? Pois foi dessa caixinha sagrada que eu roubei o dinheiro do táxi. Fazer o quê? Emergência é emergência.
Existe um ditado que diz: Tudo que está ruim pode piorar e com certeza vai piorar. É o ditado da minha vida. Depois de enfrentar um trânsito horrível, morrendo de medo do taxista (odeio andar de taxi sozinha), cheguei à casa da minha prima e ela não estava lá. Segundo a minha tia ela havia acabado de sair para deixar o sapato na minha casa. É muito azar, mas mal sabia eu o que ainda estava por vir.
Voltei para casa, rezando para chegar antes dela. Sabe por quê? Existe uma tradição muito estranha na família. Tudo que é preciso ser entregue a nós, quando não há alguém em casa, é deixado em uma planta na frente de portão. Coisas inimagináveis já foram deixadas lá e eu não queria que o peep toe fosse uma delas.
Mas foi. Meus pesadelos se tornaram reais. Ele estava todo sujo de lema e eu estava presa fora de casa! A
Tive que pular o muro! As horas no salão, já tinham ido por água a baixo, meus cabelos.. é melhor nem comentar. As oito horas, ainda estava debruçada no tanque tentando limpar a lama do sapato.
Certo. Depois de um rabo de cavalo repugnante, e um baton borrado, eu estava “pronta”. Só não esperava que o sapato molhado não fosse entrar no meu pé. E o que eu fiz? Peguei a havaiana mais próxima, o sapato e corri para carro desejando com todas as forças que o sapato servisse até lá. Burrice, eu sei.
Tudo que está ruim, pode piorar e vai piorar. Foi o que aconteceu. Coloquei o sapato perto do ar condicionado pra secar mais rápido e fiquei olhando a paisagem durante o caminho, admirada com a minha falta de sorte. As nove horas cheguei, desci do carro, despedi da minha mãe, dei uma ajeitada no cabelo e entrei na festa.
Algo estranho estava acontecendo, eu tinha esquecido alguma coisa, mas o quê? Adivinha? Sim, o sapato. E isso significa que eu estava de havaianas
Corri o mais rápido possível para alcançar a minha mãe que já estava longe com o meu peep toe. Gritei, corri, corri, gritei, corri... e escorreguei em uma enorme poça de lama! La atrás, todos os convidados olhavam boquiabertos na porta do salão de festa. Isso, claro, antes da gigantesca gargalhada geral.
Tudo que está ruim, pode piorar e vai piorar. Não se esqueça disso antes de pedir o peep toe rosa choque da sua prima emprestado.
3 comentários:
Nossa Lívia, isso que eu chamo de falta de sorte!Desculpa amiga eu ri.
(kkkkk)
http://amodasaidemoda.blogspot.com/
é azar de mais pra uma pessoa só não ?
bjs mel :D
Me perguntaram se isso aconteceu comigo de verdade! Porfavor gente, só um conto ok? Pura imaginação da minha cabeçinha - até porque tanto azar assim é impossível, eu acho . :)
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